Prémios Valmor: Câmara de Lisboa distingue obras arquitectónicas da cidade
Foram entregues os prémios Valmor e Municipal de Arquitectura às melhores obras dos anos de 2018, 2019 e 2020, com o objectivo de repor a normalidade na atribuição destes prémios.
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, entregou, nesta quarta-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, os prémios Valmor e Municipal de Arquitectura relativos aos anos de 2018, 2019 e 2020. Foram também atribuídas duas menções honrosas por cada ano, procurando-se recuperar cinco anos de atraso numa cerimónia que “é já uma tradição lisboeta, única em todo o país”, afirma Carlos Moedas, citado em nota de imprensa.
Para o presidente da Câmara de Lisboa, a atribuição destes galardões “significa a promoção do talento dos nossos arquitectos, da forma como os nossos arquitectos são capazes de marcar Lisboa, da forma como conseguem reabilitar edifícios históricos e resgatar memórias para o presente”. Recorda, como tal, que têm sido reconhecidos edifícios “que fazem parte de todos nós, edifícios que se tornaram históricos”, acreditando que também os agora premiados “no futuro se tornarão história”.
“Sendo objectivo deste executivo repor a normalidade na atribuição do prémio, estão já em curso os trabalhos preparatórios de identificação e levantamento das obras concluídas após 2020”, pode ler-se na nota, em que se refere a pretensão de atribuir, no primeiro semestre de 2025, as distinções dos anos de 2021 a 2024.
Relativamente a 2020, o prémio foi entregue à obra de reabilitação de um edifício da Baixa Pombalina, na Rua dos Douradores, n.º186, com fins habitacionais e comerciais, de autoria do arquitecto José Adrião e promoção de Pedro Garcia Ramos e Maria Eugénia Ocantos. Também foi atribuída Menção Honrosa dos prémios Valmor e Municipal de Arquitectura à obra de reabilitação da Casa Fernando Pessoa, pelo mesmo arquitecto, e ao edifício de habitação do n.º65 a 67A na Calçada Marquês de Abrantes, da autoria do arquitecto Nuno Mateus.
Quanto a 2019, atribuiu-se o prémio à obra de reabilitação do Palacete dos Condes de Burnay para acolher a Biblioteca de Alcântara, de autoria da arquitecta Margarida Grácio Nunes e promoção da Empresa Municipal Lisboa Ocidental SRU. Também mereceram Menção Honrosa o edifício de habitação construído no n.º58 da Costa do Castelo, de autoria de Ricardo Bak Gordon, e o edifício de arquitectura Nuno Mateus, com vista à instalação da Redbridge International School, no n.º97 da Rua Francisco Metrass.
Finalmente, entre as obras concluídas em 2018, o prémio foi atribuído à obra de reconstrução do Teatro Luís de Camões – LU.CA, em Belém, pelos arquitectos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, tendo também como promotora a Empresa Municipal Lisboa Ocidental SRU. Receberam Menções Honrosas a obra de alteração do edifício de habitação e comércio na Rua Nova de S. Mamede, 62-68, do arquitecto João Pedro Barros Falcão de Campos, e a obra de requalificação do Largo da Igreja da Memória, pelo arquitecto Gonçalo Byrne.
Além destas nove distinções, ainda foram apreciadas outras 777 obras destes três anos, em que 82% corresponderam a “intervenções sobre edificado pré-existente, repondo-o à utilização e fruição da cidade”, lê-se na nota de imprensa.
O júri responsável pela apreciação do mérito e contributos das obras candidatas foi presidido pelo autarca de Lisboa, Carlos Moedas, e coordenado pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida. Também fizeram parte do júri a directora Municipal da Cultura (Laurentina Pereira), o presidente da Academia Nacional de Belas-Artes (Alberto Reaes Pinto), o presidente do conselho directivo regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos (Pedro Novo) e o presidente da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa (Jorge Mealha da Costa), bem como a arquitecta e professora no Instituto Superior Técnico Ana Tostões.