Liga Europa: Sp. Braga desbaratou triunfo no nevoeiro sueco

Minhotos controlaram o Elfsborg e poderiam ter até chegado a uma vitória tranquila, mas permitiram o empate nos cinco minutos finais.

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Roberto Fernández foi titular no ataque bracarense Adam Ihse/TT / EPA
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Soube a pouco o ponto que o Sp. Braga foi buscar à Suécia, nesta quinta-feira, em dia de nevoeiro cerrado. Em Boras, diante do Elfsborg, os minhotos foram melhores durante mais tempo, tiveram o triunfo na mão, mas deixaram-no fugir já na recta final (1-1) e continuam numa posição delicada na fase principal da Liga Europa.

As sete alterações que Carlos Carvalhal promoveu face ao jogo com o Arouca deram iniciativa com bola a um Sp. Braga que se organizou em 3x4x3, emulando o sistema que tem sido imagem de marca dos suecos ao longo da época. E o arranque do encontro foi promissor, especialmente graças à dinâmica ofensiva no corredor esquerdo, com Gabri Martínez e Gharbi a porem em causa a organização defensiva nórdica.

Roberto Fernández esteve perto do golo logo aos 4’ (a bola foi salva sobre a linha) e os minhotos invadiram várias vezes a área do Elfsborg, que sobrepovoava o corredor central e ia beneficiando da cerimónia dos portugueses na finalização - e também de um par de intervenções valorosas do guarda-redes Pettersson.

Os suecos, que ainda espreitaram um par de vezes as transições ofensivas (João Ferreira, o central da direita, esteve imperturbável), foram pouco mais do que inofensivos até ao intervalo, mesmo com um Sp. Braga tão arrojado no posicionamento da linha defensiva que convidava o adversário a atacar a profundidade. E o intervalo chegou já com os minhotos a baixarem o ritmo com bola.

No regresso dos balneários, os bracarenses trocaram de ponta-de-lança e o jogo continuou a ter essencialmente o sentido da baliza sueca. Até que, na marcação de um livre, o Sp. Braga contou com a ponta de felicidade que lhe faltara até então, ao ver o remate de Ricardo Horta desviar em Ouma e encaminhar-se para as redes (67').

Para gerir com pinças a condição física do regressado João Moutinho, Carlos Carvalhal mudou de seguida a dupla do meio-campo e as bases pareciam lançadas para o triunfo - e, até, para um possível 0-2. Só que uma arrancada de Rapp pelo lado direito, deixando Gabri e Arrey-Mbi pelo caminho, culminou com um cruzamento perfeito para desvio oportuno de Holten.

Faltavam seis minutos para o final e o Sp. Braga já não foi a tempo de retomar a vantagem, somando o terceiro jogo consecutivo sem ganhar na Liga Europa, prova em que contabiliza quatro pontos em 12 possíveis.

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