Terrifier 3 ou a atracção de feira
Chega nesta quinta-feira às salas portuguesas Terrifier 3, a mais recente declinação de um sucesso ultraviolento do cinema de terror feito à margem dos estúdios e dos algoritmos.
Espectadores a desmaiarem, a vomitarem, a fugirem alucinados da sala de cinema? Não é grande novidade. Reza a lenda que, quando os irmãos Lumière mostraram a sua Chegada de Comboio à Gare de La Ciotat em Lyon em 1896, os espectadores fugiam do comboio projectado no ecrã (na verdade, só se desviavam nas cadeiras, mas pronto). O produtor William Castle, rei do terror popular dos anos 1950-60 (e também produtor da Semente do Diabo, de Roman Polanski), recorria a truques de feira nas projecções dos seus filmes, com cadeiras que vibravam em pontos específicos do filme ou esqueletos fosforescentes largados do tecto. Quando O Exorcista se estreou em 1973, eram legião as histórias de vómitos, desmaios e histeria nas salas (em Lisboa, havia ambulâncias à porta do Éden); e filmes como O Projecto Blair Witch ou Actividade Paranormal foram repetidamente descritos como “os filmes mais aterrorizadores de sempre”.
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