Treze chefs de Portugal ganham Facas nos Best Chef Awards. Avillez e Neuner entre os melhores do mundo
A partir desta edição passam a ser atribuídas 1, 2 ou 3 Facas. Por Portugal, Avillez e Neuner conquistaram as 3 Facas. Há mais Facas para chefs de restaurantes portugueses.
São 13 os chefs de restaurantes em Portugal distinguidos entre os melhores do mundo pelo The Best Chef Awards, cuja gala aconteceu esta quarta-feira no Dubai. No topo, com 3 Facas (este ano deixou de haver uma lista de 100 chefs, e estes passaram a receber 1, 2 ou 3 Facas) estão José Avillez, pelo Belcanto, Lisboa, que já tem duas estrelas Michelin, e Hans Neuner, do Ocean, no hotel Vila Vita Parc, em Alporchinhos, Algarve, igualmente com duas estrelas do guia gastronómico.
Há, depois, cinco portugueses distinguidos com duas Facas: Henrique Sá Pessoa (Alma, Lisboa), Ricardo Costa (The Yeatman, Vila Nova de Gaia, duas estrelas Michelin), Vasco Coelho Santos (Euskalduna Studio, Porto, uma estrela), João Oliveira (Vista, hotel Bela Vista, Portimão, uma estrela) e Pedro Pena Bastos (Cura, Hotel Ritz Four Seasons, Lisboa, uma estrela).
E foram seis os que receberam 1 Faca, três dos quais juntam o galardão às duas estrelas Michelin que já têm. São eles Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira), Vítor Matos (Antiqvvm, no Porto) e Dieter Koschina (Vila Joya, Albufeira, Algarve).
Também Carlos Teixeira, do restaurante da Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, Alentejo, conquistou 1 Faca, que soma à estrela Michelin e à estrela Michelin Verde conquistadas em 2021. Marlene, do restaurante Marlene, em Lisboa, leva também para casa 1 Garfo, assim como George McLeod, do restaurante Sem, igualmente em Lisboa, no qual, com a mulher, Lara Espírito Santo, pratica uma cozinha de desperdício zero (aliás como Carlos Teixeira no Esporão).
A cerimónia terminou com o anúncio dos três grandes, ou seja, os chefs que, na prática, ocupam o pódio: o dinamarquês Rasmus Munk do Alchemist, em Copenhaga, Dinamarca, o espanhol Albert Adrià (irmão de Ferran Adrià, do famoso elBulli) do Enigma, em Barcelona, Espanha, e Eric Vildgaard, do Jordnaer, em Gentofte, também Dinamarca. O que ficou claro foi que, apesar da mudança no formato, os The Best Chef não conseguiram fugir inteiramente à ideia de lista e ao espectáculo que é garantido pela expectativa do anúncio dos “melhores”. Se no ano passado, os espanhóis tinham dominado os lugares cimeiros, este ano houve um avanço dos dinamarqueses, mas no geral percebeu-se um esforço para um maior equilíbrio e representatividade das diferentes zonas do mundo.
Nesta oitava edição dos prémios criados em 2015 pela neurocientista Joanna Slusarczyk e pelo italiano Cristian Gadu, a primeira a realizar-se no Médio Oriente, o luxuosíssimo hotel Atlantis The Palm Dubai foi o palco da gala que teve a já referida mudança significativa (daí terem baptizado a edição como (R)Evolution): em vez da lista dos 100 melhores chefs do mundo, os cozinheiros distinguidos no The Best Chef Awards ganharam Facas, numa escolha feita pelos 560 membros de um júri composto por chefs, jornalistas gastronómicos e gastrónomos de uma forma mais geral.
O evento começou no dia 4 com as Area Talks e um debate, com alguns dos chefs presentes, que teve como tema O Futuro da Comida. Seguiu-se, no dia 5, em A Comida Encontra a Ciência, uma série de apresentações com chefs como o espanhol Angel Léon, que falou sobre a sustentabilidade dos recursos marinhos ou a chef Tala Bashmi, do Bahrein, que, juntamente com o professor Daniel Newman, da Universidade de Durham, no Reino Unido, explorou as antigas tradições culinárias do Médio Oriente a forma como estão a ser revisitadas hoje.
Ao ser anfitrião do The Best Chef Awards, o Dubai, que apoia o evento através do Departamento de Economia e Turismo, quer reforçar a sua posição como destino gastronómico de referência. Em 2023 a cerimónia de anúncio dos premiados aconteceu em Mérida, no estado mexicano do Iucatão. Para verificar todos os premiados é seguir para o site oficial.