“A utilização de facas pelos jovens está muito mais normalizada. Dizem-nos que é para se protegerem”

Directora da Justiça Juvenil da Direcção-Geral da Reinserção Social e Serviços Prisionais diz que compete à justiça mas também à saúde dar resposta aos problemas de saúde mental entre os jovens.

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Margarida Macedo no seu gabinete da DGRSP em Lisboa Daniel Rocha
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Antes de dirigir a Justiça Juvenil da Direcção-Geral da Reinserção Social e Serviços Prisionais, Margarida Macedo esteve mais de dez anos como coordenadora num centro educativo. Antes disso, trabalhou nas equipas da reinserção social na comunidade, no âmbito penal (de adultos) e também dos jovens. No momento actual, constata que os jovens estão a cometer actos “mais severos” e diz que poderia não ser assim, se tivessem beneficiado mais cedo de uma intervenção na comunidade ou já na justiça, de forma a conter a escalada do comportamento delituoso. A psicóloga sabe que, no futuro, a ida para a cadeia é uma realidade para cerca de um terço dos jovens que cumpriram medidas de internamento com um programa de educação para o direito pensado para os afastar do crime. E confirma que se multiplicam as perturbações mentais graves nestes rapazes e raparigas. Sobre o menino de 12 anos que na Escola Básica da Azambuja atacou os colegas com uma faca, diz apenas que os seus serviços têm de "avaliar com cautela".

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