Harris e Trump preparam-se para fazer história, cada um à sua maneira

Quatro anos depois de ter instigado a invasão do Capitólio, e a dias de conhecer a sentença de um julgamento em Nova Iorque, Donald Trump pode protagonizar uma ressurreição política sem precedentes.

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Figuras em terracota de Donald Trump e Kamala Harris criadas em Itália, por ocasião da eleição presidencial nos EUA CIRO FUSCO / EPA
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Seja qual for o resultado da eleição presidencial desta terça-feira nos Estados Unidos, é certo que os dois principais candidatos — Kamala Harris e Donald Trump — têm à sua espera, em caso de vitória, um lugar de destaque na História do país. Se a noite eleitoral correr de feição à candidata do Partido Democrata, a Casa Branca será liderada pela primeira vez por uma mulher, que é também uma cidadã descendente de imigrantes indianos e jamaicanos, num país marcado pela escravatura desde a sua fundação; se o candidato do Partido Republicano for reeleito para um segundo mandato, será apenas o segundo ex-Presidente dos EUA a regressar à Casa Branca depois de ter perdido uma eleição, e o primeiro a triunfar depois de ter sido alvo de dezenas de acusações criminais e condenado nos tribunais por falsificação de documentos, difamação e agressão sexual.

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