Elevador de passagem superior da Aguda novamente avariado

Os elevadores instalados já sofreram várias avarias e as populações locais queixam-se de dificuldades na mobilidade devido às novas infra-estruturas.

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As torres de elevador e passagens superiores, bem como os muros junto à linha entre Aguda e Granja, já foram apelidados de "mamarracho", "escarro arquitectónico" ou "muro de Berlim" pela população Paulo Pimenta/ARQUIVO
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Um dos elevadores da passagem superior do apeadeiro da Aguda, sobre a Linha do Norte, em Vila Nova de Gaia, está novamente avariado, constatou a Lusa no local. Em causa está o elevador situado na parte leste da Aguda (Aguda de Cima), localidade dividida pela Linha do Norte e em que a instalação de passagens superiores pela Infra-Estruturas de Portugal (IP) foi alvo de contestação da população. A Lusa contactou a IP, responsável pelo equipamento, e aguarda resposta.

As torres de elevador e passagens superiores, bem como os muros junto à linha de comboio entre Aguda e Granja, instalados na sequência de obras de renovação da Linha do Norte, já foram apelidados de "mamarracho", "escarro arquitectónico" ou "muro de Berlim" pela população. Na sequência de protestos, em 2022, a IP pôs a concurso um estudo para passagens inferiores por 50 mil euros.

Em Agosto, a Lusa noticiou que o concurso público para o estudo de passagens inferiores na Aguda e Granja, em Vila Nova de Gaia, ficou deserto e a IP iria lançar um novo. Assim, as povoações daquelas localidades de Vila Nova de Gaia, que contestaram as passagens superiores pedonais instaladas pela IP no âmbito da renovação do troço da Linha do Norte, terão de esperar mais tempo para saber se é viável uma nova solução.

Os elevadores instalados já sofreram várias avarias e as populações locais queixam-se de dificuldades na mobilidade devido às novas infra-estruturas. As obras na Linha do Norte entre Espinho e Vila Nova de Gaia, orçadas inicialmente em 55 milhões de euros, podem ficar cerca de 20 milhões de euros mais caras que o inicialmente previsto, segundo as revisões contratuais feitas.

Inicialmente, aquando do lançamento do programa Ferrovia 2020, em 2016, estava previsto que as obras de requalificação decorressem entre 2017 e 2019, mas só terminaram no segundo semestre deste ano. A obra acabou por se iniciar em Julho de 2020 e tinha um custo inicial de 55,3 milhões de euros, mas em praticamente quatro anos os custos aumentaram cerca de 20 milhões de euros, segundo as revisões publicadas no portal Base.

A intervenção entre as estações de Espinho e Vila Nova de Gaia (Devesas) envolveu a substituição integral da superestrutura da via, a alteração dos layout das estações de Granja e Gaia, a implantação de duas novas diagonais de contra-via entre Miramar e Francelos, ou a implantação de duas vias de resguardo, com 750 metros de comprimento útil, para resguardo de comboios de mercadorias, a norte do apeadeiro de Francelos.

Houve também lugar à substituição de passagens de nível por passagens desniveladas (inferiores e superiores, para peões e automóveis), bem como a beneficiação das plataformas de passageiros. Em causa estão as estações de Gaia, Granja e Valadares e os apeadeiros de Aguda, Miramar, Francelos, Madalena e Coimbrões.

Foi também já instalado e colocado em serviço o sistema de sinalização electrónica entre Esmoriz e Gaia e sua integração no Centro de Comando Operacional (CCO) do Porto, o sistema de controlo automático de velocidade e os sistemas de telecomunicações.