Pedro Nuno visita bairros na Amadora e Oeiras e reúne-se com sindicatos da polícia

Líder socialista ainda não se pronunciou sobre declaração do autarca de Loures sobre despejo de participantes em distúrbios.

Foto
Bairro do Zambujal, na freguesia de Alfragide, concelho da Amadora, onde vivia Odair Moniz e epicentro da revolta das últimas semanas Rui Gaudêncio
Ouça este artigo
00:00
01:48

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O secretário-geral do PS vai visitar esta semana projectos comunitários nos bairros do Zambujal e da Cova da Moura, no concelho da Amadora, e em Caxias, Oeiras, e tem agendadas reuniões com os sindicatos da polícia. De acordo com uma nota de agenda, divulgada pelos socialistas, Pedro Nuno Santos visita na segunda-feira os bairros do Zambujal e da Cova da Moura "onde conhecerá iniciativas locais de apoio social e cultural".

No Zambujal, Pedro Nuno vai visitar a creche da Santa Casa da Misericórdia da Amadora, a Associação CAZAmbujal e a Associação de Moradores do Bairro do Zambujal, e na Cova da Moura estará na Associação Cultural Moinho da Juventude. O secretário-geral socialista seguirá depois para Oeiras, onde visitará o projecto "Gira no Bairro - uma esquadra aberta à comunidade", em Caxias.

Na terça e quarta-feira, Pedro Nuno Santos vai receber no Largo do Rato o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia e a ASPP/PSP - Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

Estas visitas do secretário-geral do PS decorrem depois de, na passada sexta-feira, também o Presidente da República ter estado no Bairro do Zambujal, na Amadora, onde visitou a esquadra da PSP e conversou com familiares de Odair Moniz, baleado mortalmente por um polícia na madrugada de 21 de Outubro, na Cova da Moura.

Esta visita, que não constava da agenda do chefe de Estado transmitida à comunicação social, foi divulgada posteriormente, através de uma nota na página da Presidência da República.

Esta semana, o presidente socialista da Câmara de Loures, Ricardo Leão, defendeu que os participantes nos distúrbios ocorridos na Grande Lisboa depois do assassínio de Odair Moniz deviam ser despejados de habitações municipais "sem dó nem piedade". Apesar de alguns socialistas se terem insurgido, Pedro Nuno Santos continua em silêncio sobre o assunto.