Louriçal do Campo: como um painel de azulejos está a mudar a vida de uma aldeia na serra da Gardunha
Quanto pode a arte no caminho do repovoamento? É essa descoberta que a artista Françoise Shein tem vindo a fazer com a população de uma aldeia na Gardunha, num painel de azulejos que acaba de nascer.
Fernanda Custódia afaga com carinho o azulejo sobre o qual pintou a paisagem que lhe dá paz: a água que corre nas várias ribeiras de Louriçal do Campo, ou no rio Ocreza, uma das fontes de vida da serra da Gardunha. O conjunto de quatro pequenos azulejos é um dos mais de 50 que compõem o painel gigante que agora adorna o centro da aldeia. São 40 metros quadrados de história, de memórias, da arte idealizada pela artista Françoise Schein, que há muitos anos se encantou pela região. Primeiro pela paisagem, pelas pedras, montes e vales, depois pelas pessoas que foi conhecendo. E então, no Outono da vida, conseguiu fazer ali o que faz há tantos anos pelo mundo, afinal - um projecto participativo de pintura, com envolvimento de toda a comunidade, que haveria de resultar num muro a interpretar a geografia do local e das histórias dos habitantes, feito pelos próprios.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.