Opart garante que concurso para a direcção artística do São Carlos abre este ano
O prazo limite legal para a abertura do concurso internacional, seguido de selecção e nomeação de nova direcção artística, termina em Julho de 2025.
O concurso internacional para a direcção artística do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) será lançado durante no último trimestre deste ano, tal como dito em Julho ao PÚBLICO pela presidente do conselho de administração do Organismo de Produção Artística (Opart), Conceição Amaral. “Não houve nenhuma alteração a esse compromisso”, confirma ao PÚBLICO o gabinete de comunicação do Opart, questionado sobre a data prevista para a abertura do concurso. Ao Observador, Rui Morais, do Opart, avançara que dificilmente o concurso seria lançado antes do próximo ano, pois a temporada 2024/25 também ainda não foi apresentada.
“A intenção de o fazer depois do anúncio da temporada gerou certamente alguma confusão”, explica o gabinete de comunicação. A saída do neerlandês Ivan van Kalmthout, cujo mandato terminaria a 30 de Junho de 2027, aconteceu a 4 de Julho passado. Desde então, uma comissão artística que tem como coordenador artístico o maestro e director dos estudos musicais do São Carlos, João Paulo Santos, e é também composta pelo maestro titular da Orquestra Sinfónica, António Pirolli, e pelo maestro titular do Coro do TNSC, Giampaolo Vessella, “está a funcionar com rigor e elevada dedicação”, tendo como “prioridade (...) fixar e confirmar a programação de actividade em permanente digressão”.
A abertura do concurso internacional, seguido da selecção e nomeação da nova direcção artística, tem um prazo limite legal, que termina em Julho de 2025.
Quanto à programação do Teatro Nacional de São Carlos para os próximos meses, de Janeiro a Julho, será anunciada “assim que estiverem reunidas todas as confirmações” com os parceiros. “A comissão artística em funções e o conselho de administração estão a trabalhar, diariamente, para que se anuncie o mais depressa possível”, adiantou ao PÚBLICO a instituição. Como o São Carlos se encontra em obras de requalificação integradas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), “toda a actividade fora de portas obriga a um nível de exigência que não se compara com o que até aqui foi prática no TNSC”, considera o Opart.
A transferência da equipa do Teatro Nacional de São Carlos para as instalações do antigo Tribunal da Boa Hora estava prevista para o final deste mês de Outubro, segundo as declarações de Conceição Amaral ao PÚBLICO em Julho. “Os calendários de obras estão delineados há longos meses e sofrem atrasos que não são previsíveis, pois são fruto de muitos factores alheios à gestão e dependem das respostas do mercado. Contudo, as obras do Tribunal da Boa-Hora em nada conflituam ou atrasam a obra no Teatro Nacional de São Carlos. Trabalhamos com um puzzle delicado, mas com muito rigor”, responde o gabinete de comunicação quando questionado sobre a mudança para o novo espaço e os próximos passos da operação.
Actualmente, o Opart está a trabalhar “em várias frentes da obra do São Carlos”, com “a preparação de projectos de execução e de cadernos de encargos para cinco empreitadas a lançar no mercado em breve”, e também nas obras no antigo Tribunal da Boa-Hora e na logística de mudanças e preparação de armazéns. “As mudanças de equipamentos e bens estão a decorrer dentro do calendário previsto depois do encerramento ao público que aconteceu em Julho. São muitas as exigências, o rigor e cuidado permanente a ter com este tipo de mudanças. As pessoas serão as últimas a mudar e só o faremos quando estiverem reunidas as condições para tal.”