A etnografia poética de Pedro Bastos em Souvenirs Satânicos
Uma poesia que observa realidades circundantes e as traduz em impressões expressas de forma rude, sem contemplações, nem quase tempo de burilar. Nessa rudeza, está o apelo desta poesia.
Eis um livro que faz da poesia uma etnografia fragmentária. A poesia como um estudo não-linear, ou um não-estudo: investigação informal e desalinhada, recolectora de fraseologias e traços identitários referentes a determinada região de Portugal. No caso, esse território é o Minho – “Em Riba d’Ave, a fábrica marginal do rio/ Estende-se de chaminé ao alto/ E as fachadas, se o sol as atinge, são como/ As de um sanatório abandonado.” (p.21)
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