Steve Bannon, antigo conselheiro de Donald Trump, foi libertado da prisão
Bannon pode assumir um papel importante nas últimas acções de campanha de Donald Trump.
O antigo conselheiro de Donald Trump na Casa Branca Steve Bannon foi libertado, nesta terça-feira, da cadeia, onde estava detido desde Julho por obstrução aos poderes de investigação do Congresso, uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA.
Figura também influente nos círculos de extrema-direita na Europa, o ideólogo populista de 70 anos, foi condenado a quatro meses de prisão por se ter recusado a cooperar com a investigação parlamentar ao ataque ao Capitólio por apoiantes de Donald Trump, em 6 de Janeiro de 2021, após a derrota do ex-Presidente nas eleições presidenciais em que foi eleito o democrata Joe Biden.
A sua aguardada libertação foi anunciada por vários meios de comunicação norte-americanos num contexto eleitoral particularmente tenso, entre discursos anti-imigração e ataques pessoais do lado republicano, com Donald Trump à frente da democrata Kamala Harris, por ligeira margem, nas sondagens.
Quase quatro meses depois do seu encarceramento, em Julho, numa prisão de Connecticut, Steve Bannon deverá retomar hoje a programação do seu podcast, War Room, para continuar, como tinha prometido, a apoiar o candidato republicano.
O regresso de Steve Bannon introduz uma nova variável numa corrida renhida que entra na recta final antes da eleição de 5 de Novembro.
“Os apoiantes de Trump esperam que Bannon possa fazer a diferença na última semana, aumentando o entusiasmo da base do partido”, escreveu esta semana o jornal The New York Times.
A sentença proferida em Outubro de 2022 – por obstrução aos poderes de investigação do Congresso – foi confirmada em recurso a 10 de Maio de 2024.
A 6 de Janeiro de 2021, Steve Bannon falou ao telefone com Donald Trump.
Nesse dia, centenas de apoiantes do Presidente cessante invadiram o Capitólio, sede do Congresso dos EUA, numa tentativa de impedir a certificação da vitória do candidato democrata Joe Biden nas eleições de Novembro de 2020.
Foi nos últimos meses da campanha vitoriosa de Donald Trump em 2016 que Steve Bannon começou a deixar a sua marca, denunciando uma ordem mundial controlada pelas elites políticas e financeiras.