Esta aplicação quer prevenir gravações não consensuais durante o sexo

Quando accionada em conjunto, a aplicação Camdom bloqueia os utilizadores de fotografar ou gravar momentos íntimos.

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A aplicação emite um alerta sonoro e visual sempre que um parceiro tenta usar a câmara Albert Martinez Pardo/ Getty Images
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O primeiro passo é emparelhar os dois telemóveis — depois disso, ambos ficam impedidos de utilizar a câmara para tirar fotografias, filmar ou captar som durante o sexo. Chama-se Camdom e o objectivo é impedir a gravações não consensuais durante os momentos íntimos. Foi apelidada de "preservativo digital" e criada pela empresa alemã Billy Boy.

Para usar a app, os utilizadores têm primeiro de se registar. Depois disso, a aplicação pede que ambos (pelo menos dois, mas podem ser mais) deslizem para baixo para iniciar a "protecção digital". Depois, através de Bluetooth, "Camdom reconhece os dispositivos, sincroniza e desliga a câmara o microfone de ambos", lê-se no ecrã inicial da app. Para desbloquear, ambos têm de carregar num botão durante, pelo menos, três segundos. Se alguém tentar desligar-se antes disso sem o consentimento do outro, a app activa um alarme visual e sonoro.

A aplicação foi desenvolvida em conjunto com a agência publicitária Innocean Berlin. Num comunicado de imprensa, a agência explica o propósito: "Tirar fotografias, vídeos ou áudio sem consentimento com um smartphone nunca foi tão fácil e isso criou uma situação alarmante entre os adolescentes de todo o mundo: quando o conteúdo é divulgado, espalha-se como um vírus, tornando impossível o seu rastreio — e pode causar sofrimento emocional, depressão, levar à perda de emprego e até pensamentos suicidas entre as vítimas."

A app foi lançada em Setembro, durante o Mês da Saúde Sexual. É compatível com dispositivos IOS e Android e está disponível em mais de 30 países.

Texto editado por Inês Chaíça

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