Marco Martins não comenta polémica em nomeação para Transportes Metropolitanos do Porto

Na sexta-feira, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) disse que o Porto tinha aceitado nomear um representante para a mesa da assembleia-geral da nova empresa.

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Em causa estão os pontos em votação para a nomeação da estrutura da futura empresa Transportes Metropolitanos do Porto, que irá gerir os contratos da rede Unir Nelson Garrido
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O futuro presidente da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP) escusou-se a comentar a polémica à volta do processo de nomeação de um representante da autarquia do Porto para a empresa, porque "a prioridade é pôr tudo a funcionar". Em declarações à agência Lusa, Marco Martins, que é também presidente da Câmara de Gondomar, não quis comentar a declaração da Câmara do Porto divulgada na sexta-feira na qual a autarquia de Rui Moreira negou existência de um entendimento no processo de nomeação de um representante da autarquia do Porto para a TMP.

"Não vou alimentar mais polémicas sobre nomeações. A minha prioridade é pôr a empresa em funcionamento para que possa exercer o seu papel principal que é colocar os autocarros a circular e retomar a confiança dos utilizadores da área metropolitana no transporte público", disse. E reiterou: "A prioridade, pelo menos para mim, é que as coisas funcionem e arranquem". Marco Martins apontou que agora a prioridade é "suprir as mazelas que a rede Unir criou e trabalhar em outras áreas da mobilidade para o futuro da região".

Na sexta-feira, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) disse que o Porto tinha aceitado nomear um representante para a mesa da assembleia-geral da nova empresa, depois de num primeiro momento ter-se recusado a fazê-lo por falta de entendimento. Horas depois, numa declaração enviada à agência Lusa, a Câmara do Porto negou existência de um entendimento. Salvaguardando que não teve oportunidade de clarificar o assunto durante o fim-de-semana, disse acreditar que "vai tudo correr bem" porque, se o tema "não é tão importante para a Câmara do Porto como é para as outras, também é importante para a Câmara do Porto".

"Sempre tenho conseguido que, no diálogo com o presidente Rui Moreira, as coisas aparecem resolvidas. Nós somos o Norte, somos o Porto, a AMP, somos impetuosos, reagimos muito fortemente. Acredito que o presidente, Marco Martins, tenha tentado agilizar o processo e assumiu que da Câmara do Porto era o presidente. Acho que o importante é nos próximos dias eu tratar disso com o presidente Rui Moreira e acredito que vai correr tudo bem", disse Eduardo Vítor Rodrigues. Questionado pela Lusa sobre o facto de a Câmara do Porto ter negado a existência de um entendimento, Eduardo Vítor Rodrigues disse que era essa a informação que tinha quando abordou o tema no Conselho Metropolitano do Porto, remetendo para Marco Martins.

"Quando agendámos aquele ponto [na ordem de trabalhos da reunião do Conselho Metropolitano do Porto], o que o presidente Marco Martins me disse é que, nos contactos com o presidente Rui Moreira, tinha havido uma alteração da posição da Câmara do Porto e teria havido disponibilidade para a Câmara do Porto participar e foi aquilo que eu disse", referiu.

Em causa estão os pontos em votação para a nomeação da estrutura da futura empresa Transportes Metropolitanos do Porto, que irá gerir os contratos da rede Unir, a bilhética do Andante e terá as actuais competências da AMP em termos de mobilidade. O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, será o presidente, e a empresa terá como vogais Luís Osório e Carla Vale.

Está previsto, segundo documentos a que a Lusa teve acesso, que o presidente da mesa da assembleia-geral seja indicado pelo município do Porto, que o vice-presidente seja indicado pela Área Metropolitana do Porto e que o secretário da mesa da assembleia-geral seja indicado pela STCP, alternando a meio do mandato com uma indicação pela Metro do Porto.