Avaliação das casas acelera em Setembro com mais 31 euros por metro quadrado

Foram realizadas 33,1 mil avaliações, mais 4,3% face a Agosto e um aumento de 32,8% em termos homólogos.

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Reduzida oferta de casas , face à procura, está na origem da escalada de preços Manuel Roberto
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A novidade já não é o aumento da avaliação das casas no âmbito de pedidos de crédito à habitação, mas sim a aceleração desse ritmo. Depois da forte subida nos últimos anos, e de 10 meses de aumentos consecutivos, o valor mediano de avaliação bancária na habitação atingiu 1695 euros por metro quadrado em Setembro, mais 31 euros que o observado no mês anterior, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para a nova subida, que representa um aumento de 154 euros ou 10,0% face a Setembro de 2023 (8,2% em Agosto), contribui o crescimento dos pedidos de avaliação, que ascenderam a cerca de 33,1 mil avaliações bancárias, o que representa uma subida de 4,3% face ao mês anterior e um aumento de 32,8% face ao período homólogo.

O elevado valor das rendas, mas também a descida das taxas de juro associadas ao crédito à habitação, o aumento de estrangeiros interessados em fixar residência em Portugal, a que se juntam algumas medidas do Governo, em termos fiscais, ajudam a explicar o crescente dinamismo no mercado habitacional.

No valor das casas, os maiores aumentos face a Agosto verificam-se no Algarve (2,6%), tendo-se verificado a descida mais intensa no Alentejo (-0,5%). Relativamente a Setembro de 2023, a variação mais intensa verificou-se no Oeste e Vale do Tejo (12,8%), não se tendo verificado qualquer descida, refere o INE.

Por segmentos, a maior variação verificou-se nos apartamentos, com o valor mediano de avaliação a ascender a 1882 euros por metro quadrado, 10,2% acima face a Setembro de 2023. Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2497 euros) e no

Algarve (2244 euros), tendo o Centro apresentado o valor mais baixo (1214 euros). A Região Autónoma dos Açores apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,9%), não se tendo verificado qualquer descida.

Nas moradias, o valor mediano foi de 1301 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 8,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2455 euros) e no Algarve (2422 euros), registando o Alentejo e o Centro os valores mais baixos (1001 euros e 1016 euros, respectivamente).

A Região Autónoma da Madeira apresentou o maior crescimento homólogo (14,6%), tendo-se registado uma única descida no Alentejo (-2,3%).

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