FC Porto reentra na Europa com triunfo sobre o Hoffenheim

Sem margem de manobra, os portistas venceram o primeiro duelo na competição, afastando-se dos lugares de eliminação.

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Portista Nehuén Pérez controla jogo aéreo de Prass JOSE COELHO / EPA
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O FC Porto venceu esta quinta-feira o Hoffenheim por 2-0, com golos de Tiago Djaló (45+2') e Samu Omorodion (75'), alcançando o primeiro triunfo na terceira ronda da Liga Europa, o que lhe garante uma posição mais confortável antes das deslocações a Roma (Lazio) e Bruxelas (Anderlecht).

O FC Porto fez um jogo de paciência perante um adversário equilibrado, que começou por apostar numa transição para acabar a empurrar os "dragões" para a área, acabando por ser traído por um momento de inspiração de Samu, a sossegar o Estádio numa fase de grande incerteza.

Vítor Bruno preparou uma pequena surpresa para o Hoffenheim, apostando em duas alterações na defesa, com Martim à direita e Tiago Djaló no eixo, e o regresso de Iván Jaime depois das boas indicações deixadas pelo espanhol na Taça de Portugal.

O treinador do FC Porto abdicou do equilíbrio oferecido por Eustáquio, “sacrificando” Nico González, a quem pediu maior contenção e proximidade com Alan Varela. E para compensar no momento da perda de bola, optou por um lateral direito mais defensivo do que João Mário.

Contrapôs o Hoffenheim com um 3x4x1x2 a exigir um compromisso forte dos alas, fosse a formar uma linha de cinco na defesa ou a juntar-se aos três homens da frente na hora de atacar. Na prática, os alemães ocuparam bem os espaços que nem Galeno, nem Samu foram capazes de encontrar.

Pepê e Iván Jaime provocavam alguns desequilíbrios, mas sem criarem verdadeiros problemas a um adversário que se mostrou num canto e numa desmarcação de Bischof, em que ameaçou marcar, embora o lance pudesse merecer uma intervenção do VAR.

Com o Hoffenheim a resistir à forte pressão portista na fase inicial e a perceber que poderia dividir o jogo e construir com maior critério, seguiu-se um período em que Kramaric ainda fez tremer a defesa portista e Hlozek desperdiçou ocasião soberana a um minuto do intervalo.

O checo não aproveitou e o “dragão” cuspiu uma bola de fogo disparada por Tiago Djaló já em tempo de compensação, compensando a cerimónia que impediu o FC Porto de converter em golo uma série de investidas no último quarto de hora da primeira parte.

O lance resultou de uma iniciativa de Pepê, travada em falta por N’Soki. Do livre saiu um cruzamento para Nico González servir, de cabeça, o central, que depois do golo na estreia frente ao Sintrense, voltou a marcar.

Samu desfaz tensão

No reatamento, o Hoffenheim mostrou uma versão mais pressionante, com maior envolvimento de Bischof e Gendrey, sustentado pela maior coragem e disponibilidade dos centrais, mas também mais exposta ao veneno do FC Porto e à perícia dos avançados "azuis e brancos" nas transições que o jogo oferecia.

Apesar de ao FC Porto interessar um jogo mais aberto, a tensão ampliada pela necessidade de garantir a primeira vitória estava bem patente. O Dragão pedia o segundo golo, mas a troca de Iván Jaime por Fábio Vieira aumentava o dilema dos portistas, já que oferecia maior segurança, retirando espontaneidade e poder de ferir os alemães.

Um problema que Samu Omorodion resolveu numa altura em que o ritmo cardíaco dos adeptos estava no limite, com o Hoffenheim a carregar e a empurrar o FC Porto para a área de Diogo Costa, ameaçando complicar a missão portista nesta Liga Europa.

O avançado espanhol ganhou a meio-campo, após alívio da defesa "azul e branca", no duelo físico com o central Anton Stach, partindo para a baliza sem conseguir o remate antes de o adversário recuperar e obrigar Samu a refazer o lance, esperando para fintar e ganhar espaço para o remate colocado entre o guarda-redes e o primeiro poste.

O FC Porto chegava ao segundo golo e a um nível de tranquilidade de que precisava urgentemente para precaver o que sucedeu no jogo com o Manchester United, em que sofreu um golo nos descontos.

Depois, foi controlar para evitar que o Hoffenheim conseguisse um golo que mergulhasse de novo o Dragão na dúvida.

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