Bruxelas perdeu controlo sobre ajudas de Estado, pondo em risco a concorrência justa

Auditoria do Tribunal de Contas Europeu evidencia riscos de distorção do mercado único por causa de falhas de comunicação dos países e falta de fiscalização dos auxílios por parte da Comissão Europeia

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Ursula von der Leyen presidia à Comissão Europeia que introduziu quadros temporários de auxílios de Estado mais flexíveis durante as crises da covid e da guerra na Ucrânia Johanna Geron / REUTERS (arquivo)
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Desde a pandemia, as ajudas de Estado na União Europeia (UE) subiram em flecha. De 120 mil milhões de euros antes da crise, o volume de apoios dados pelos Governos subiu para 320 mil milhões em 2020 e 2021, e quase mais 230 mil milhões de euros em 2022. Se bem que este aumento substancial obedeceu a regras gerais comuns previstas nos quadros temporários de ajudas de Estado mais flexíveis, a Comissão Europeia "perdeu capacidade para controlar os apoios que os países da (UE) dão às empresas" e "não tem informações suficientes sobre [essas ajudas de Estado] nem sobre os seus efeitos na concorrência", concluiu o Tribunal de Contas Europeu (TCE) na auditoria que divulgou nesta quarta-feira.

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