Narrativas das emoções de Trump e Harris nas eleições americanas 2024

A análise revela que em Trump, o medo visa o Outro , enquanto em Harris, a ansiedade generalizada emana de um futuro de sucumbência do país à extrema-direita personificada por Trump.

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As emoções e as narrativas sempre foram centrais na política. A sua análise conjunta permite compreender em maior profundidade a campanha presidencial de 2024 nos EUA para além do populismo e antipopulismo. Proponho as “narrativas das emoções” como abordagem para aprofundar as dimensões racionais e afetivas do discurso político de Trump e Harris. Trata-se de analisar os discursos de acordo com a identificação sociopolítica e focar nas emoções coletivas de longo prazo, aquelas que as pessoas (re)têm para além do que acontece no momento ao nível individual. Seguindo o pensamento da filósofa Sara Ahmed, sabemos que as emoções coletivas são mais do que construções discursivas e estão igualmente relacionadas com objetos sociais, como grupos sociais, estatuto social ou nacional, família, género, religiosidade, etc. A narrativa da emoção identifica estes objetos e define as emoções a partir das ameaças aos quais estão expostos e ao que se pretende fazer para os proteger.

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