Candidato opositor acusa a polícia moçambicana de terrorismo de Estado

Venâncio Mondlane, que chegou a ter de fugir de um disparo de gás lacrimogéneo, convocou uma “participação em massa” para o funeral de Elvino Dias na quarta-feira. Acabou a “etapa branda”, disse.

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Manifestantes acusam a polícia de ter disparado gás lacrimogéneo directamente contra os manifestantes, apesar dos avisos de que esses disparos podem ser letais LUÍSA NHANTUMBO / LUSA
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Visto de cima, a aglomeração de jornalistas e assessores de Venâncio Mondlane na imensidão da Praça da Organização da Mulher Moçambicana (OMM) é um pequeno ponto escuro no imenso espaço oval. Não há muita gente à volta, ouvem-se disparos, mas o candidato presidencial, vestido com a camisola amarela e um colete negro do Podemos, o partido que apoiou a sua candidatura, prossegue nas suas declarações aos jornalistas até ao momento em que os polícias, avançando em direcção à praça desde a Avenida Vladimir Lenine, disparam uma granada de gás lacrimogéneo directamente para o político e os jornalistas.

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