As balas perdidas duma autocracia eleitoral

Em Moçambique, consolidou-se uma forma de exercício do poder que corresponde ao que se pode descrever como uma autocracia que criminalizou o Estado e para quem perder o poder é questão existencial.

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Na noite da passada sexta-feira, desconhecidos crivaram de balas os corpos de dois políticos moçambicanos da oposição, Elvino Dias e Paulo Guambe, e duma jovem que ia na boleia do seu carro. Dias era até à sua morte trágica advogado do candidato presidencial independente, Venâncio Mondlane, cujo desempenho pôs de avesso o xadrez político moçambicano. Guambe, por sua vez, era o mandatário do Podemos, um pequeno partido que apoiou a candidatura de Mondlane e que, segundo os resultados preliminares das eleições realizadas no dia 9 de Outubro, é capaz de substituir a Renamo como segundo maior partido no Parlamento moçambicano.

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