Residência privada de Netanyahu alvo de ataque de drone

Primeiro-ministro israelita não estava nas proximidades da casa, na cidade de Cesareia.

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Residência privada do primeiro-ministro foi alvo de um ataque que não causou quaisquer mortos nem feridos Ohad Zwigenberg / VIA REUTERS
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A residência privada do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na cidade de Cesareia, foi o alvo de um ataque com um drone com origem no Líbano, de acordo com o gabinete do chefe de Governo, que afirma que tanto Netanyahu como a sua mulher não estavam em casa no momento e que não houve quaisquer vítimas.

Segundo o diário Times of Israel, o drone terá explodido no perímetro da casa, embora sem a atingir directamente, já o site norte-americano Axios afirma que foi mesmo atingida: "Esta foi a primeira vez desde o início da guerra que foi atingido um alvo directamente ligado a Netanyahu", escreveu o jornalista Barak Ravid.

Netanyahu acusou, num comunicado, o Irão de tentar assassiná-lo, dizendo que as forças que Teerão apoia (proxies) “cometeram um erro grave”. Antes, o primeiro-ministro israelita tinha publicado dois vídeos (algo raro durante o shabbat, o dia de descanso), em que aparecia descontraído, de pólo preto, óculos escuros, num jardim, e, sem se referir ao ataque, dizia que “nada” o vai deter e que Israel “vai ganhar esta guerra”.

“Sabem, há dois dias eliminámos o assassino em massa Yahya Sinwar”, declarou ainda Netanyahu num dos vídeos. “E, como disse, estamos numa guerra existencial, e vamos continuar até ao fim.”

Dois outros drones que entraram em território israelita e que teriam o mesmo alvo foram interceptados. O Exército e o serviço de informação interna Shin Bet estavam a investigar o incidente, onde parece ter havido falhas do sistema de aviso de Israel, não tendo soado as sirenes de alarme na cidade avisando da aproximação do drone.

O sistema de defesa aérea israelita tem-se mostrado, de qualquer modo, menos apto a detectar ataques com drones do que com rockets ou mísseis. Já no domingo passado morreram quatro soldados e vários outros ficaram feridos quando um drone atingiu uma base militar no centro de Israel.

O dia foi ainda marcado pelo disparo de cerca de 180 rockets do Hezbollah para o Norte de Israel, que mataram pelo menos uma pessoa e deixaram outra ferida na cidade de Acre, e fizeram ainda mais 13 feridos noutros locais atingidos.

Israel levou a cabo, por outro lado, três bombardeamentos no Sul de Beirute, depois de ter anunciado ordens de evacuação (esta semana o alto comissariado da ONU para os refugiados estimou que mais de um quarto da população do Líbano estivesse afectada por estas ordens do Exército de Israel).

Nas últimas 48 horas, ataques israelitas fizeram um total de 36 mortos e mais de 200 feridos de Norte a Sul do Líbano, segundo a Al-Jazeera.

Os EUA declararam, entretanto, que esperavam que os ataques israelitas na capital e à sua volta diminuíssem. O secretário da Defesa, Lloyd Austin, disse a jornalistas, à margem de um encontro do G7 em Nápoles, que o número de vítimas civis “é muito alto”.

O Exército de Israel afirmou que, numa estimativa conservadora, terá matado até agora 1500 operacionais do movimento xiita libanês Hezbollah.

O chefe do Estado-Maior das Forças Amadas de Israel, Herzi Halevi, num discurso a comandantes da Brigada Golani, disse que depois de terem “acabado com toda o nível de comando” do Hezbollah, referindo-se ao líder, Hassan Nasrallah, e a vários outros responsáveis de topo, “vocês estão a eliminar a estrutura de comando local”.

O movimento xiita continua “a encolher cada vez mais”, disse ainda Halevi aos comandantes​. Na véspera, morreram cinco soldados da unidade de reconhecimento da Brigada Golani, destacada no Sul do Líbano, em combates com militantes do Hezbollah.​

Mas apesar de duramente atingido, o movimento tem mantido capacidade para atacar, tendo avisado na sexta-feira que que iria começar “uma nova fase de escalada” na luta contra Israel.

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