Ministro iraniano responde a Biden: “Quem souber como e quando Israel vai atacar” será responsabilizado

Presidente dos Estados Unidos afirmou na sexta-feira que tinha uma ideia de como vai ser o ataque israelita contra a República Islâmica. Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão respondeu pelo X.

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Joe Biden fala com jornalistas antes de partir de Berlim Elizabeth Frantz / REUTERS
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O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, declarou que quem souber “como e quando” Israel vai atacar o Irão será responsabilizado, numa publicação na rede social X. Na véspera, o Presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que tinha uma noção do que iria ser o ataque israelita contra a República Islâmica.

“Quem quer que tenha conhecimento ou informação sobre ‘como e quando Israel vai atacar o Irão’ e/ou der meios para essa loucura, deverá logicamente ser responsabilizado por possíveis baixas”, escreveu Araqchi.

Na véspera, Joe Biden, que visitava Berlim, foi questionado por jornalistas sobre o ataque que está previsto desde que o Irão disparou 180 mísseis contra Israel a 1 de Outubro (em resposta aos ataque israelitas que mataram o então líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e o então líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute).

O Presidente respondeu à pergunta se “tinha informação” sobre o que implicaria o ataque israelita, e quando ocorreria, com “sim e sim”. A resposta parece, comenta o Times of Israel, “marcar a primeira vez que os Estados Unidos indicaram que chegaram a um entendimento com Israel sobre a natureza da retaliação”.

Os Estados Unidos enviaram, esta semana, para Israel um sistema de defesa aérea THAAD (Terminal High Altitude Area Defense) e cerca de 100 militares para o operar, num aumento do envolvimento americano.

Vários meios de comunicação social dos EUA diziam que o envio foi decidido após garantias dadas por Israel sobre alvos a atacar no Irão que excluiriam instalações nucleares e petrolíferas.

O diário The Washington Post relatou o “alívio” da parte dos EUA com a exclusão desses alvos, assim como com uma afirmação do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa conversa com Biden de que o ataque seria calibrado também para não dar uma ideia de interferência com as eleições presidenciais norte-americanas.

Duas fontes citadas pela Associated Press afirmaram, no entanto, que as garantias de Israel “não eram de ferro” e que a situação poderia mudar, lembrando casos anteriores em que Israel não cumpriu o prometido.

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