Taça de Portugal: Benfica afasta Pevidém com “bis” de Beste

Alemão foi uma das sete apostas iniciais de Bruno Lage no jogo de Moreira de Cónegos e correspondeu em pleno, com os golos do triunfo “encarnado”.

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Arthur Cabral protagonizou o primeiro ataque do Benfica ESTELA SILVA / LUSA
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O Benfica garantiu este sábado, frente ao Pevidém, com um "bis" de Jan-Niklas Beste, um triunfo (0-2) natural na terceira eliminatória da Taça de Portugal, negando a festa aos minhotos dos escalões secundários. Uma equipa que aproveitou a casa emprestada do Moreirense para mostrar uma atitude positiva, suficiente para manter o resultado em aberto até ao quarto de hora final.

De regresso a Moreira de Cónegos, onde no final de Agosto Roger Schmidt fez o último jogo como treinador do Benfica — empate a um golo com o Moreirense, na Liga —, as “águias” chegaram quase instantaneamente à vantagem.

O alemão Jan-Niklas Beste, uma das sete surpresas apresentadas por Bruno Lage no “onze” titular, marcou aos três minutos, na sequência de um cruzamento do lateral direito Issa Kaboré (internacional do Burquina Faso cedido pelo Manchester City por uma época).

No arranque de um ciclo exigente, com sete jogos até ao clássico com o FC Porto, a 10 de Novembro (quatro dias depois da viagem a Munique para defrontar o Bayern para a Champions), o Benfica aproveitou o “aperitivo” servido em forma de quarto classificado da Série A do Campeonato de Portugal (quarto escalão nacional) para “arriscar” as fichas todas.

Bruno Lage manteve apenas o central Tomás Araújo, o lateral Álvaro Carreras e os médios Aursnes e Florentino Luís da equipa titular que goleou o Atlético de Madrid, na Liga dos Campeões. Uma revolução pacífica, com um 4x2x3x1 em que os defesas laterais exploraram a largura, com Beste e Rollheiser a pisarem terrenos mais interiores.

O Pevidém contrapôs com um 5x4x1 que, para além das precauções defensivas, procurou dar resposta às ambições dos adeptos que se deslocaram ao campo do vizinho Moreirense, conscientes das reduzidas probabilidades de êxito, mas corajosos na abordagem ao embate com o superfavorito Benfica.

Ainda assim, o melhor que os minhotos conseguiram foi estancar a hemorragia e evitar que a eliminatória terminasse antes mesmo do intervalo. Mesmo sem ter criado qualquer oportunidade ou concretizado um remate à baliza de Samuel Soares, o Pevidém não permitiu que o Benfica transformasse os oito remates da primeira parte (com Arthur Cabral e Rollheiser a destacarem-se neste capítulo) em verdadeiras ocasiões de golo.

Uma postura positiva, mas que precisava de mais qualquer coisa para surpreender os "encarnados". Apesar de tudo, o Pevidém optou por manter a mesma equipa para o início da segunda parte. Por seu lado, o Benfica não esperou para ver se o suíço Zeki Amdouni seria capaz de aproveitar a oportunidade, com Bruno Lage a chamar o norueguês Andreas Schjelderup a jogo.

E no primeiro ensejo, o avançado que o Benfica emprestou ao Nordsjaelland, na época passada, ficou perto de marcar logo na primeira tentativa. O remate saiu ao lado, mas o Benfica manteve o cerco, construindo sucessivas ocasiões de ataque, a que o Pevidém respondeu com uma iniciativa de Pedrinho de que resultou um livre que poderia ter dado outro alento aos locais.

O Benfica carregava, chegava com facilidade à área do Pevidém, ensaiava alguns remates, mas não conseguia definir da melhor forma. Bruno Lage precisava de uma força letal no último terço e Pavlidis juntou-se a Arthur Cabral, esgotada que ficou a participação de Rollheiser, um dos que mais procurou a baliza, mas sem sucesso.

O Pevidém começava a ceder fisicamente, com algumas das unidades mais influentes da linha avançada a quebrarem e a serem rendidaos por uma mini-armada nipónica, com Atsushi e Ishizuka a juntarem-se a Araki.

O ritmo acabou por baixar, com sucessivas interrupções que "compravam" tempo para a formação local e esvaziavam a estratégia "encarnada" de resolver rapidamente a eliminatória, até para evitar uma situação idêntica à vivida pelo rival Sporting na véspera.

Objectivo alcançado a 15 minutos dos 90, com Jan-Niklas Beste a aparecer de novo, em combinação com Arthur Cabral, para bisar e acabar em definitivo com as ilusões do Pevidém, entregando a sexta vitória consecutiva a Bruno Lage.

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