Boaventura de Sousa Santos inicia defesa de bom nome a 25 de Outubro

Investigador intentou uma acção cível para tutela da personalidade no Tribunal de Coimbra, com a qual procura assegurar a protesto do seu bom nome e honra, face às acusações do colectivo de mulheres.

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Boaventura de Sousa Santos foi acusado de assédio sexual por um colectivo de mulheres Sérgio Azenha
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O julgamento no qual Boaventura de Sousa Santos vai procurar assegurar a protecção do seu bom nome e honra, face às acusações de um colectivo de mulheres, tem sessão agendada para o dia 25 de Outubro. Segundo a página do Citius, a sessão de julgamento deste processo especial está agendada para as 9h15, no Tribunal de Coimbra.

O investigador anunciou, no final de Setembro, que intentou uma acção cível para tutela da personalidade no Tribunal de Coimbra, com a qual procura assegurar a protesto do seu bom nome e honra, face às acusações do colectivo de mulheres.

Três investigadoras que passaram pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra denunciaram situações de assédio num capítulo do livro intitulado Má conduta sexual na Academia - Para uma Ética de Cuidado na Universidade, o que levou a que os investigadores Boaventura de Sousa Santos e Bruno Sena Martins acabassem suspensos de todos os cargos que ocupavam no CES, em Abril de 2023.

O CES acabou por criar, uns meses depois, uma comissão independente para averiguar as denúncias, tendo divulgado o seu relatório quase um ano depois, em 13 de Março de 2024, que confirmou a existência de padrões de conduta de abuso de poder e assédio, por parte de pessoas em posições hierarquicamente superiores, sem especificar nomes.

De acordo com o relatório então divulgado à comissão independente, foram denunciadas 14 pessoas, por 32 denunciantes, num total de 78 denúncias. Uma semana depois, um grupo de 13 mulheres instou, num documento assinado por todas, as autoridades judiciárias portuguesas a investigarem com urgência as alegadas condutas criminosas mencionadas no relatório.

Há dois dias, o grupo de mulheres informou que foi accionada uma campanha de recolha de fundos para financiar as despesas legais das alegadas vítimas de assédio no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Intitulada "Academia Sem Assédio — Fundo de Apoio Jurídico para Vítimas no CES", esta campanha foi criada para “financiar as despesas legais das vítimas, garantindo condições de enfrentarem o sistema de justiça no acompanhamento das denúncias”.