Primeiro-ministro saúda “sentido de responsabilidade” do PS

Luís Montenegro não antevê “problemas de maior” durante a discussão do Orçamento do Estado na fase de especialidade.

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Luis Montenegro saudou anúncio do PS RODRIGO ANTUNES / LUSA
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Luís Montenegro saudou na noite desta quinta-feira o anúncio feito por Pedro Nuno Santos, que vai propor à Comissão Política do PS a abstenção no Orçamento do Estado (OE) para 2025, o que garante a viabilização do documento.

Em Bruxelas, onde decorre a reunião do Conselho Europeu, o primeiro-ministro disse saudar "do ponto de vista democrático o sentido de responsabilidade e a prevalência do interesse nacional" na viabilização do Orçamento.

Conhecida a posição socialista, o líder do executivo diz não antever agora "problemas de maior" durante a discussão na especialidade do documento, dizendo não acreditar que o "sentido de responsabilidade" demonstrado pelo PS "possa ser estragado" durante o processo que decorrerá na Assembleia da República.

O líder socialista disse que a abstenção no OE é para o sentido de voto tanto na generalidade, a 31 de Outubro, como na especialidade, no final de Novembro, porém frisou que o PS irá "com toda a liberdade" para a fase da especialidade, ainda que tenha garantido que quaisquer medidas que venha a propor terão em conta o equilíbrio das contas públicas.

No dia em que apresentou o Orçamento do Estado para 2025, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, apelou precisamente aos partidos da oposição para, na especialidade, não porem em causa o excedente orçamental de 0,3% previsto para 2025, avisando que a margem para incluir novas medidas é diminuta.

Em Bruxelas, e depois de ter afirmado que soube da decisão de Pedro Nuno Santos pela comunicação ao país do secretário-geral do PS, o primeiro-ministro sublinhou o "esforço muito significativo de aproximação" do Governo às "preocupações essenciais" do PS, um sinal de que o executivo tem "a humildade de reconhecer" que, apesar de ter vencido as eleições, não tem maioria absoluta na Assembleia da República.

E disse ver "com esperança a decisão do PS, de respeito pela vontade do povo e não contribuir para acrescentar incertezas" face a um difícil contexto internacional.

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