Primeiro-ministro recusa estar a fazer “birra fiscal ou orçamental”

Luís Montenegro defendeu as suas bandeiras e linhas vermelhas do PS no OE2025: a redução de impostos para as empresas e a retenção de jovens em Portugal.

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O primeiro-ministro, Luis Montenegro, visitou o centro de investigação Cetemares em Peniche PAULO CUNHA / LUSA
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O primeiro-ministro recusou esta segunda-feira estar a fazer "uma birra fiscal ou orçamental" e insistiu que o plano do Governo PSD/CDS-PP é "marcar uma diferença" na redução de impostos, reiterando a importância da aprovação do OE2025.

Luís Montenegro falava na inauguração da unidade de transformação de pescado da Omni fish, em Peniche, o terceiro ponto de agenda que teve esta manhã neste município do distrito de Leiria, e em que nunca respondeu a perguntas da comunicação social. "Já falei tanto hoje", disse, quando foi questionado pelos jornalistas à saída da empresa.

Do púlpito, o primeiro-ministro reiterou que, para o executivo que lidera, "a política fiscal é um instrumento de política económica", voltando a defender a necessidade de o país reduzir impostos para as empresas para ser mais competitivo e sobre o trabalho, em especial, os jovens para reter talento em Portugal.

"Quando nós falamos disto nós não estamos a fazer nenhuma birra fiscal ou orçamental, nós estamos mesmo a marcar uma diferença. Claro que eu não desconheço a realidade política que tenho pela frente, já sei que não tenho maioria absoluta no Parlamento e já sei que o Governo terá de fazer uma aproximação com os outros partidos para nós podermos executar este plano. Mas o plano é este", sublinhou.

Montenegro quis aproveitar a inauguração desta nova unidade empresarial para também "vender o seu peixe", com uma única referência directa ao Orçamento do Estado para o próximo ano, que ainda tem aprovação incerta, precisamente devido às diferenças com o PS em matéria de redução do IRC.

"Para haver sucesso, para haver crescimento, para haver riqueza têm que colaborar todos, têm que colaborar os poderes públicos, têm que ter sentido responsabilidade, têm que saber perspectivar o futuro, têm que aprovar orçamentos do Estado, pois têm, e têm de prosseguir políticas amigas das empresas e amigas dos trabalhadores", afirmou.