EUA vão mobilizar militares e sistema de defesa antimísseis para Israel

Pentágono reiterou este domingo “compromisso inabalável dos Estados Unidos na defesa de Israel”. Militares norte-americanos serão destacados para o país no Médio Oriente.

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Sistema de defesa idêntico ao que os Estados Unidos enviarão para Israel, chamado Terminal High Altitude Area Defense (THAAD) Departamento de Defesa dos EUA/Reuters
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Os Estados Unidos anunciaram este domingo que vão instalar em Israel um sistema de defesa antimísseis de alta altitude, que será manobrado por militares norte-americanos, alegando a necessidade de defesa de Israel perante "ataques do Irão e de milícias pró-iranianas".

Em comunicado, o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, disse que a medida foi autorizada pelo secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, para "ajudar a reforçar as defesas aéreas de Israel depois dos ataques sem precedentes do Irão a 13 de Abril e 1 de Outubro".

"Esta acção sublinha o compromisso inabalável dos Estados Unidos na defesa de Israel e dos norte-americanos em Israel, contra qualquer futuro ataque com mísseis balísticos por parte do Irão", reforça a Defesa norte-americana.

O Pentágono recorda ainda que já tinham sido instalados em Israel sistemas de defesa antimísseis idênticos (chamados THAAD, na sigla original): após 7 de Outubro do ano passado, "para defender as tropas e interesses norte-americanos na região"; e em 2019, para exercícios militares de defesa aérea.

Contudo, desta vez serão também destacados soldados norte-americanos para território israelita, responsáveis por manobrar estes sistemas de defesa.

Na noite de 1 de Outubro, o Irão disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direcção a Israel, mas muitos terão sido interceptados pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), com a ajuda dos EUA, do Reino Unido e de França, antes de atingirem o território.

Segundo as IDF, a ofensiva lançada pelos Guardas da Revolução do Irão não provocou vítimas, tendo apenas causado danos "menores" a infra-estruturas civis e danificado algumas bases aéreas israelitas, mas sem impacto nas operações militares da Força Aérea.

Foi o segundo ataque iraniano com mísseis contra Israel na sua história, depois do que ocorreu na noite de 13 de Abril. Israel já prometeu responder com "poderosos ataques em todo o Médio Oriente" e avisou que "o que o Irão sofreu até agora é apenas uma fracção do que irá enfrentar".

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