Eleições: PSD subia, Chega descia, mas quadro parlamentar ficava na mesma
Maioria dos portugueses considera que Marcelo Rebelo de Sousa deve dissolver a Assembleia da República se o Orçamento do Estado não for aprovado.
O PSD subia, o Chega descia, mas o panorama político não se alterava substancialmente. De acordo com uma sondagem da Aximage para o Diário de Notícias, realizada entre 30 de Setembro e 5 de Outubro, num cenário de legislativas antecipadas, a Aliança Democrática (AD) voltaria a vencer as eleições. A coligação entre PSD, CDS-PP e PPM recolhe 32,1% de intenções de voto, distanciando-se do PS, que tem uma intenção de voto de 28,6%, e do Chega, que fica agora pelos 15,1%.
O aumento da votação da AD não alteraria, no entanto, o actual quadro parlamentar, dado que a coligação liderada por Luís Montenegro não atinge a maioria absoluta, nem mesmo com a Iniciativa Liberal, apesar de o partido de Rui Rocha aumentar as intenções de voto para os 6,3%. Ou seja, a AD continuaria dependente do PS ou do Chega para obter maiorias na Assembleia da República.
Segundo os dados da sondagem da Aximage para o DN, o PS regista agora uma intenção de voto de 28,6% (teve 28% nas últimas eleições), enquanto a AD sobe para os 32,1% (28,02% em Março). Já o Chega está nos 15,1%, abaixo dos 18% das últimas eleições e dos 17,5% que registou no último barómetro da Aximage, em Julho.
Quanto aos restantes partidos, a IL recolhe agora 6,3% (acima dos 4,9% nas legislativas, mas abaixo dos 7,1% do barómetro anterior), o Bloco de Esquerda aumenta para os 5,5%, o Livre fica nos 3,5% e a CDU desce para 3,0%. O PAN tem 2,3% nas intenções de voto.
Já quanto ao cenário de convocação de eleições antecipadas, 52% dos inquiridos consideram que o Presidente da República deve dissolver a Assembleia da República se o Orçamento do Estado não vier a ser aprovado, contra 40% que defende que não devem ser convocadas novas eleições.
O trabalho de campo desta sondagem da Aximage decorreu entre 30 de Setembro e 5 de Outubro de 2024, com base em 802 entrevistas a indivíduos maiores de 18 anos residentes em Portugal. O estudo de opinião apresenta uma margem de erro de 3,5%.