Bigster quer pôr a Dacia a crescer entre os familiares compactos
É um SUV do segmento C, só que bem menos compacto do que o Duster. Mas, apesar de grande nas medidas, apresenta-se fiel aos princípios da marca, de se manter pequeno no preço.
Ainda não são conhecidos os valores com que se apresentará ao mercado, mas a Dacia não hesita, na sua revelação, em ser peremptória: com o novo Bigster, o emblema romeno do universo Renault garante manter-se “fiel aos seus valores”, com “a melhor relação qualidade/preço do segmento C-SUV”. Para tal, como já fez noutros modelos da sua gama, vai atrás da ideia de manter a oferta no que julga ser essencial, nomeadamente no que diz respeito a espaço, versatilidade e conforto, mantendo dessa forma os custos sob controlo.
Tendo como base a CMF-B, plataforma no centro da estratégia da Aliança pela sua modularidade (tanto dá vida ao urbano Sandero como ao impetuoso Duster), o Bigster foi trabalhado, diz a Dacia, no sentido de corresponder às expectativas das famílias, exigentes em termos de insonorização do habitáculo (o pára-brisas é acústico e houve preocupação em isolar o ruído do motor), de acabamentos (visíveis, por exemplo, nas novas alcatifas) ou no conforto, capítulo particularmente generoso, com regulação lombar para o passageiro, encosto de braços no banco traseiro, bem como ar condicionado de duas zonas à frente e saídas de ar atrás.
Com espaço de sobra para cinco ocupantes e respectivas bagagens (a mala arruma até 667 litros até à chapeleira), o banco traseiro rebate-se na proporção de 40/20/40, o que pretende facilitar o transporte de objectos compridos, sem penalizar dois lugares traseiros.
O exterior destaca-se pela estética que abençoou as recém-lançadas gerações dos modelos Dacia, com linhas robustas, mas limpas, jantes de 17 ou 18 polegadas (há, entre os opcionais, de 19’’, com design específico) e elementos de design gráfico que pretendem destacar a presença em estrada, algo visível na dianteira, nas portas e por cima da matrícula traseira. Nos níveis de equipamento mais elevados, é possível acrescentar tejadilho preto e criar o efeito de dois tons.
A instrumentação passa a estar assente num painel de instrumentos digital (de 7" ou 10", consoante a versão), enquanto as informações associadas ao sistema multimédia são apresentadas num ecrã táctil central de 10,1".
O novo Bigster, que poderá começar a ser encomendado no início do próximo ano, com as primeiras entregas previstas para o Verão, chega com os novos motores electrificados da Dacia. No topo da gama, o Hybrid 155 combina um bloco a gasolina de 4 cilindros com 107cv, dois motores eléctricos, uma bateria de 1,4 kWh (230V) e uma caixa de velocidades automática eléctrica; também a gasolina, o TCe 140 une um motor de nova geração a gasolina com 1,2 litros, 3 cilindros e turbo, baseado no ciclo Miller (eficiência optimizada e perdas por bombagem reduzidas), com um sistema de hibridização suave de 48V e uma caixa manual de 6 velocidades; e o ECO-G 140, a gasolina/GPL, chega com um sistema mild hybrid de 48V, que apoia a mecânica, independentemente do combustível em uso.
Por fim, o TCe 130 4x4 é a versão para os amantes do off-road, com um sistema de tracção integral associado a uma caixa manual de 6 velocidades e um sistema mild hybrid de 48V. A transmissão Terrain Control 4x4 chega com cinco modos de condução: Auto, Neve, Lama/Areia, Off-Road e Eco. O sistema de controlo de velocidade em descidas é de série no Bigster Extreme.