Furacão Milton obriga Joe Biden a adiar visitas a Alemanha e Angola

O Presidente norte-americano considera que não é o momento oportuno para sair do país devido à ameaça causada pelo furacão Milton.

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Biden fica nos EUA para liderar resposta aos furacões Elizabeth Frantz / REUTERS
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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adiou as visitas à Alemanha e a Angola, previstas para o final desta semana, anunciou esta terça-feira a Casa Branca, justificando com os impactos dos furacões que afectam várias regiões norte-americanas.

“Dada a trajectória projectada e a força do furacão Milton, o Presidente Biden adia a viagem à Alemanha e Angola para supervisionar os preparativos e a resposta ao furacão Milton, além da resposta contínua aos impactos do furacão Helene”, refere uma nota da presidência norte-americana.

A declaração, assinada pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, não refere cancelamento mas sim “adiamento” mas sem dar mais indicações.

Em declarações dadas numa conferência de imprensa, Biden afirmou que não podia sair do país no momento devido à situação meteorológica que se vive no país e que iria tentar "resolver" as questões das visitas "depois".

"Acho mesmo que não posso estar fora do país nesta altura", afirmou o Presidente norte-americano, tendo sublinhado que continua "a planear visitar todos os locais que disse que iria visitar".

À Associated Press, uma porta-voz do Governo alemão lamentou "muito o cancelamento", mas que "é claro" que compreendem "a situação na Florida".

Na viagem que ia realizar à Alemanha, estava agendada a presença do Presidente norte-americano numa reunião do "grupo de Ramstein", que reúne vários países que ofereceram ajuda à Ucrânia depois da invasão da Rússia iniciada em Fevereiro de 2022.

À Reuters, Marcel Dirsus, do Instituto de Política de Segurança da Universidade de Kiel, afirmou que a decisão de Biden poderá ter um impacto negativo na projecção internacional do país.

"Embora a decisão de Biden seja compreensível, corre o risco de cimentar a impressão de que os Estados Unidos estão demasiado preocupados consigo próprios para serem um parceiro fiável", afirmou, sublinhando que "isto pode encorajar os adversários dos Estados Unidos, nomeadamente a Rússia".

A visita de Biden a Angola estava prevista para se realizar na próxima semana, de 13 a 15 de Outubro, enquanto a visita à Alemanha estava prevista entre 10 e 12 de Outubro.