Villas-Boas alarga auditoria após indicadores negativos da gestão de Pinto da Costa

Presidente do FC Porto diz que investigação aos últimos dois anos da gestão Pinto da Costa revelam “dados surpreendentes”. Conclusões conhecidas no final de Outubro.

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André Villas-Boas, presidente do FC Porto ESTELA SILVA / LUSA
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André Villas-Boas levantou um pouco o véu à auditoria forense que a nova administração faz às equipas anteriormente lideradas por Jorge Nuno Pinto da Costa. Segundo o presidente do FC Porto, há "resultados surpreendentes" pela negativa, algo que o fez alargar o âmbito da investigação a anos anteriores. O projecto inicial previa apenas a análise aos dois últimos anos, período em que as finanças dos "dragões" se afundaram. Contudo, após estas conclusões negativas, o dirigente sentiu a necessidade de alargar a janela temporal da investigação.

“Temos concluído dois anos da auditoria forense e queremos recuar mais alguns anos nessa investigação que nos tem trazido resultados algo surpreendentes. Iremos continuar a investigar, é um compromisso que tenho com os sócios do FC Porto que me elegeram. Vamos continuar a investigar todas as más práticas ou situações das quais desconfiamos", explicou André Villas-Boas esta quinta-feira, à margem da Conferência de Ministros do Desporto do Conselho da Europa, no Porto.

A consultora Deloitte está responsável pela análise da gestão da anterior administração, liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa. Apesar de ser alargado o período sob investigação, André Villas-Boas garante que terá já conclusões para os sócios no final de Outubro.

Estão sob investigação transferências do FC Porto, decisões estruturais e ainda a relação entre clube e a claque Super Dragões.

Suspeita-se de que os "dragões" possam ter sofrido um prejuízo de milhões de euros na bilheteira ao longo dos últimos anos, sendo que está sob investigação do Ministério Público um alegado esquema de bilhetes que servia para financiar o estilo de vida luxuoso de alguns membros da claque.

A Operação Bilhete Dourado tem como principal suspeito Fernando Madureira, detido em Janeiro passado no âmbito da Operação Pretoriano, investigação sobre os incidentes de violência vividos na assembleia geral extraordinária do FC Porto em Novembro de 2023.

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