FC Porto bate Sp. Braga em noite de intranquilidade

Golo anulado nos primeiros minutos a Samu foi compensado com penálti em cima do intervalo. Minhotos reagiram e obrigaram locais a sofrer até ao fim.

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Samu Omorodion marcou no início, mas o golo foi anulado Miguel Vidal / REUTERS
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O FC Porto venceu este domingo o Sp. Braga, por 2-1, no Dragão, repondo a diferença de três pontos para a liderança do campeonato, depois de uma noite que parecia ter tudo para embalar os portistas, mas que acabou por revelar-se de grande intranquilidade e incerteza até final.

O Sp. Braga foi alcançado pelo rival Vitória SC no quinto lugar, atenuou os efeitos da derrota da Grécia, mas acabou por sair sem pontos da 8.ª jornada.

O jogo começou com um golo anulado a Samu Omorodion, que por instantes iluminou o estádio logo aos 3 minutos, mas que não valeu porque o espanhol empurrou João Ferreira antes do disparo para as redes de Matheus. A ida de João Pinheiro ao VAR confirmou as piores suspeitas do banco portista, que teve de reiniciar tudo da estaca zero.

Com três alterações em relação ao "onze" que iniciou o jogo de Atenas, na Liga Europa, Carlos Carvalhal pôde respirar de alívio e ajustar o 4x4x2 que reclamava um compromisso efectivo de Gabri Martínez (no lugar de Bruma, na esquerda) com as obrigações defensivas.

Já Vítor Bruno, que manteve a estrutura que defrontou o ​ Manchester United na ronda europeia, teve de esperar até aos 20 minutos, altura em que Nico González e Galeno estiveram perto de marcar e evitar uma fase de maior empertigamento dos minhotos.

Com a intensidade do jogo a baixar naturalmente, o Sp. Braga pôde estabilizar e organizar uma excursão à área de Diogo Costa. Para felicidade dos “dragões”, o guarda-redes susteve o remate de Vítor Carvalho, depois de uma perda de bola de João Mário, que já tinha visto um amarelo.

Os bracarenses cresciam na partida e semeavam a dúvida no conjunto contrário, que numa boa combinação entre Pepê e Galeno ganhou uma grande penalidade cometida por João Ferreira. A dois minutos do intervalo, quando se admitia que o FC Porto recolhesse aos balneários pelo quinto jogo com o marcador em branco, as dúvidas dissipavam-se.

Verificado o lance, Galeno apontou o golo já depois dos 45 minutos, resolvendo o primeiro problema da equação de um jogo que começava a complicar-se.

Sofrer para marcar

A segunda parte começava com Martim Fernandes no lugar de João Mário e com Galeno a ameaçar repetir a dose. Mas, depois de um par de iniciativas conduzidas pela direita do ataque portista, a equipa de Vítor Bruno voltou a resvalar para terrenos perigosos, permitindo que o Sp. Braga criasse perigo.

Roger Fernandes tentou pelo corredor e acabou por ser feliz e empatar num disparo frontal (54’), com o alívio de Nehuén Pérez a cair-lhe direitinho no melhor pé.

Sol de pouca dura, já que uma reposição rápida num lançamento lateral apanhou a linha defensiva minhota desposicionada, com Nico a accionar Pepê (59'), que recolocou o FC Porto no comando.

Carlos Carvalhal chamava Bruma e o efeito foi imediato, com Diogo Costa a seguir com o olhar um remate em arco que serviu para reforçar o inconformismo dos visitantes.

O FC Porto respondia com Fábio Vieira para pautar um jogo que ameaçava partir-se, chamando Pepê a fixar-se no meio-campo. O jogo caminhou para o fim com grande incerteza quanto ao desfecho, mas o FC Porto acabou por garantir os três pontos.

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