António Guterres: de persona non grata em Israel a Nobel da Paz?

A investigadora Diana Soller ajuda a pensar sobre o actual papel das Nações Unidas (e do seu secretário-geral) na ordem internacional.

António Guterres, secretário-geral da ONU, assim como o Tribunal Internacional de Justiça ou a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), são apontados como favoritos ao Prémio Nobel da Paz, que é anunciado a 11 de Outubro, avançou na quinta-feira a agência Reuters.

Se o comité norueguês fizer uma destas escolhas, estará a reconhecer a importância do direito internacional e a reforçar o papel das Nações Unidas, num contexto geopolítico em que o multilateralismo está posto em causa.

Neste momento, existem mais de cem conflitos armados em todo o mundo. E a ONU tem sido impotente para conduzir negociações de paz entre as partes em confronto no Médio Oriente, na Ucrânia ou no Sudão, para citar três dos conflitos mais graves em curso.

No dia anterior, Israel declarou o secretário-geral das Nações Unidas persona non grata e impediu-o de entrar no país. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Governo português já pediram a Israel que reconsidere a decisão.

António Guterres pode ser acusado de parcialidade nas guerras em curso no Médio Oriente ou no Leste Europeu? Está na altura de reformar o funcionamento do Conselho de Segurança da ONU, para salvar a ordem internacional?

Neste episódio, Diana Soller, investigadora no Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), responde a estas e a outras questões.


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