A tatuagem como idioma

As tatuagens configuram um corpo barroco, tão exuberante na sua artificialidade que fica esvaziado de sentido.

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Paul Valéry: “O que há de mais profundo no homem é a pele” Joana Gonçalves
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Um fenómeno social, sem fronteiras nacionais e com larga e crescente difusão tornou-se nos últimos anos um aspecto conspícuo no espectáculo da multidão urbana: a tatuagem, o corpo tatuado em zonas nada discretas, de modo a que os desenhos que usam a pele como um ecrã e um medium (no sentido de suporte) sejam bem visíveis, audaciosos e às vezes provocadores. Esta espécie de forma democratizada e popular de body art, que, no entanto, não releva exclusivamente, nem sequer maioritariamente, de uma ordem estética, é um daqueles fenómenos de superfície que reenviam para uma macroscópica especificidade do nosso tempo.

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