Subida de custo de vida foi maior razão de voto em Portugal nas europeias

Eurobarómetro mostra que a maioria dos portugueses tem uma opinião positiva das instituições e considera que a adesão à União Europeia beneficiou o país.

Foto
Protecção social, previdência social e acesso a cuidados de saúde foi a segunda razão que mais levou os portugueses às urnas nas eleições europeias Anna Costa
Ouça este artigo
00:00
02:31

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O aumento do custo de vida foi a razão que levou a maioria dos portugueses (59%) a votar nas eleições europeias de Junho, segundo um inquérito Eurobarómetro divulgado nesta quarta-feira pelo Parlamento Europeu (PE).

Portugal é o segundo Estado-membro com maior percentagem de inquiridos que seleccionaram a subida de preços e do custo de vida como principal incentivo para votar, depois da Grécia (70%), e acima da média da União Europeia (42%).

A protecção social, a previdência social e o acesso a cuidados de saúde ficou em segundo lugar (Portugal com 51%, a União Europeia com 24%) e a situação económica em terceiro (42% em Portugal, 41% na UE), de acordo com o inquérito pós-eleitoral.

Entre os inquiridos abstencionistas, a maioria (54%) também seleccionou a subida da inflação e do custo de vida como o principal motivo que os teria levado a votar nas eleições ao PE (UE 46%).

A situação económica foi a escolha para 42% dos inquiridos que se abstiveram (36% no conjunto da UE), empatada com a protecção social e cuidados de saúde (25% na União Europeia).

Maioria dos portugueses tem imagem positiva da UE

O Eurobarómetro mostra também que a maioria dos portugueses tem uma opinião positiva das instituições e considera que a adesão à UE beneficiou o país. Portugal é o país onde o Parlamento Europeu (PE) tem melhor imagem.

De acordo com o inquérito, 75% dos inquiridos em Portugal têm uma imagem positiva da União Europeia (48% na UE) e 70% do PE (contra uma média de 42% na União Europeia).

Uma maioria menos representativa de 62% dos inquiridos nacionais disse considerar que os eurodeputados deviam ter um papel mais importante, ainda assim uma percentagem bastante acima dos 42% de média da UE.

A esmagadora maioria dos portugueses (90%) considera que o país beneficiou com a adesão à UE, em 1985, sendo de 70% a média europeia.

Uma fatia de 39% dos respondentes ao inquérito pós-eleitoral considera que a adesão à UE lhe traz uma voz mais forte no mundo e 36% escolheram a opção do contributo para o crescimento económico português.

Uma maioria de 77% diz estar optimista quanto ao futuro da União (65% na UE).

Em Portugal, foram realizadas 1010 entrevistas (26 mil na UE) entre 15 de Junho e 4 de Julho para o inquérito realizado na sequência das eleições de 6 a 9 de Junho.

Sugerir correcção
Comentar