Em Cutouts, a fonte dos The Smile continua a jorrar. Boas notícias? Sim, mas…

Mesmo que bom, o segundo álbum do grupo em 2024 deixa a ideia de potencial não cumprido – o que se compreende, tendo em conta o ritmo veloz a que Thom Yorke, Jonny Greenwood e Tom Skinner trabalham.

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Thom Yorke e Jonny Greenwood, os dois Radiohead dos The Smile Scott Dudelson/Getty Images
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Wall of Eyes teve apenas nove meses para desfrutar do estatuto de “novo disco dos The Smile”; Cutouts sai esta sexta-feira, sendo que, dos seus dez temas, cinco já andam a circular (quatro nas plataformas de streaming, um apenas num vinil lançado sem grande fanfarra). Os discos nasceram das mesmas gravações, o que para Thom Yorke e Jonny Greenwood, os dois quintos mais importantes dos Radiohead, não é inédito: também Kid A (2000) e Amnesiac (2001) são álbuns gémeos. Estilisticamente, muito separa estes quatro álbuns, mas, em termos de qualidade, não seria absurdo dizer que a parelha Wall of Eyes/Cutouts é uma versão menor de Kid A/Amnesiac — sendo que, tal como Amnesiac (que é um álbum excelente) não chega talvez a atingir o nível de Kid A, também Cutouts fica atrás de Wall of Eyes.

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