Orçamento do Estado: Governo disponível para “todas as reuniões até ao último minuto”

Na véspera do encontro entre Governo e PS, ministro da Presidência, António Leitão Amaro, garante que está a ser feito um “esforço de diálogo sem precedentes”.

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O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, desvalorizou as críticas do FMI RODRIGO ANTUNES / LUSA
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O Governo assegurou esta quarta-feira que fará "todas as reuniões até ao último minuto" para que seja possível ter um Orçamento do Estado aprovado e que, por enquanto, apenas está prevista a reunião de quinta-feira com o PS.

No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência foi questionado sobre se a reunião entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, poderá ser a última no âmbito das negociações orçamentais.

"Da parte do Governo, faremos todas as reuniões até ao último minuto para conseguir aquilo que interessa ao país, que é ter um Orçamento aprovado", afirmou António Leitão Amaro. Ainda assim, o ministro acrescentou que "não estão previstas reuniões com outras forças partidárias".

"Neste momento, o nosso foco é o diálogo com o partido aberto a poder viabilizar e a quem vamos apresentar uma proposta irrecusável", afirmou, repetindo a expressão utilizada pelo primeiro-ministro para classificar o que levará à reunião de quinta-feira com Pedro Nuno Santos.

Recusando adiantar qualquer pista sobre a proposta que Luís Montenegro apresentará aos socialistas, Leitão Amaro afirmou que estava a ser feito "um esforço de diálogo sem precedentes na história democrática". "Todos aguardaremos serenamente", declarou.

O ministro da Presidência respondeu ainda às críticas do Fundo Monetário Internacional em relação à redução proposta pelo Governo no IRC e garantiu que o executivo não irá “alterar as propostas" por causa dos reparos daquela instituição.

“Nós obviamente temos ambição de no longo prazo poder revisitar as derramas, mas a prioridade é reduzir para todas de forma transversal”, afirmou. Sobre o IRS Jovem, o ministro afirmou que é “prioritário atacar o problema”.