Dois institutos de ciência fundem-se para criar outro instituto gerido por fundação
O novo instituto resulta da fusão do Instituto Gulbenkian de Ciência e do Instituto de Medicina Molecular.
O Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) e o Instituto de Medicina Molecular (IMM) fundiram-se para criar um centro de investigação gerido por uma fundação cujo estatuto de utilidade pública, por dez anos, foi reconhecido por despacho publicado esta quarta-feira.
O novo centro de investigação tem o nome de Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular (IGMM) e funciona com um pólo em Oeiras, que acolhia o IGC, ligado à Fundação Calouste Gulbenkian, e com um pólo em Lisboa, que era a sede do IMM, uma unidade da Universidade de Lisboa.
A fusão legal do IGC e do IMM ocorreu na terça-feira, segundo uma nota publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian, que irá contribuir com 98 milhões de euros ao longo de dez anos.
O Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, dedicado à investigação e inovação nas áreas das ciências da vida e da saúde, tem como directora-executiva Maria Manuel Mota, ex-directora-executiva do IMM e especialista no estudo do parasita da malária.
O ex-director do IGC Moisés Mallo assume a direcção científica do novo instituto.
O novo centro científico tem como fundadores a Fundação Calouste Gulbenkian, a empresa Arica - Investimentos, Participações e Gestão (sociedade anónima ligada à família Soares dos Santos, dona do grupo Jerónimo Martins e da cadeia de supermercados Pingo Doce), a fundação bancária espanhola “la Caixa”, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa (do qual faz parte o Hospital de Santa Maria) e a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
A fundação privada que gere o Instituto Gulbenkian de Medicina Molecular, e que adopta a designação bilingue de Fundação GIMM – Gulbenkian Institute for Molecular Medicine, foi reconhecida por despacho publicado em Janeiro.
No futuro, o novo instituto de investigação científica ficará sediado num edifício “com capacidade para albergar os mais de 500 cientistas de várias nacionalidades que compõem as equipas”.
O despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República, e assinado pelo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Paulo Lopes Marcelo, dispensa o prazo exigível de três anos de actividade para atribuição do estatuto de utilidade pública a uma fundação privada, dado a GIMM “evidenciar manifesta relevância social”.