Inflação da zona euro abranda para 1,8%, abaixo da meta do BCE

Estimativa rápida do Eurostat aponta para um valor de inflação anual inferior a 2%, o mais baixo em mais de três anos.

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Evolução dos preços nos serviçoes continua elevada na zona euro Manuel Roberto
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A taxa de inflação homóloga desacelerou em Setembro para 1,8% na zona euro, bem longe 4,3% do mesmo mês de 2023, e mesmo dos 2,2% de Agosto, anunciou esta terça-feira o Eurostat. Trata-se do valor mais baixo em mais de três anos.

A estimativa rápida do serviço de estatística europeu aponta, assim, para um valor de inflação abaixo da meta fixada pelo Banco Central Europeu (BCE) como desejável, que se situa em torno 2%.

O BCE tem condicionado a descida das taxas directoras ao controlo da inflação, e a descida verificada nos últimos meses pode facilitar as futuras decisões de “embaratecimento” do custo do dinheiro, numa altura em que as principais economias da zona euro estão estagnadas.

E evolução dos preços continua, no entanto, em ritmos diferentes, estimando-se que a dos serviços ainda se situe em 4%, uma décima abaixo dos 4,1% de Agosto.

A componente de alimentação, álcool e tabaco subiu 2,4%, acima dos 2,3% em verificada em Agosto, e a inflação dos bens industriais não energéticos manteve-se nos 0,4% e para os preços da energia é estimado um recuo de 6% (-3% em Agosto).

Ainda de acordo com a estimativa rápida do Eurostat, a taxa de inflação homóloga subjacente (que exclui energia e alimentos não processados) abrandou, em Setembro, para 2,7%, quer comparando com os 2,8% de Agosto quer com os 5,5% homólogos.

Entre os 20 países da área do euro, as maiores taxas de inflação medidas pelo Índice Harmonizado dos Preços no Consumidor (IPHC, que permite comparações) são estimadas, em Setembro, na Bélgica (4,5%), Estónia (3,2%), Grécia e Croácia (3,0% cada).

Em Portugal, a taxa de inflação anual medida pelo IHPC é estimada em 2,6%, abaixo da homóloga (4,8%) mas com uma aceleração face à de 1,8% registada em Agosto.