Desemprego nos 6,4% em Agosto, com ligeira descida face a Julho
Estimativa de Julho revista em alta, com a taxa de desemprego a subir para 6,5%.
A taxa de desemprego continua a registar variações ligeiras. Os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) para Agosto apontam para uma taxa de desemprego de 6,4%, sem variação face ao mesmo mês do ano passado, e 0,1 pontos percentuais abaixo face a Julho.
De acordo com a informação divulgada esta terça-feira, e face ao mês anterior, a população activa aumentou em 9,7 mil pessoas (0,2%) e a população inactiva diminuiu 4,8 mil (0,2%), sendo que na população activa a evolução resultou do acréscimo de 11,2 mil (0,2%) da população empregada, que superou o decréscimo de 1,6 mil da população desempregada (0,4%).
A subutilização do trabalho abrangeu 602,8 mil pessoas, sendo inferior ao do mês anterior (menos 6,2 mil), ao de três meses antes (3,7 mil) e ainda ao de um ano antes (34,2 mil). A taxa de subutilização do trabalho - estimada em 10,9% - diminuiu relativamente a Julho de 2024 (0,1 pontos percentuais) e a Agosto de 2023 (0,7 pontos percentuais), mantendo-se igual ao de Maio de 2024.
Entretanto, o INE reviu em alta os dados de Julho, com a taxa de desemprego a subir para 6,5% (era de 6,2% na estimativa provisória). O novo valor fica igual ao anterior, de Junho, e 0,2 pontos percentuais acima do de Abril de 2024.
Face a Julho de 2023, o valor também fica acima em 0,1 pontos percentuais.
Os dados de Julho ficam a dever-se ao facto da população activa ter aumentado em relação ao mês anterior (7,1 mil pessoas) devido ao acréscimo da população empregada (6,5 mil), uma vez que a população desempregada se manteve praticamente inalterada. A população inactiva manteve-se inalterada pelo equilíbrio entre o aumento dos inactivos que compõem a força potencial de trabalho – inactivos à procura de emprego, mas que não estão disponíveis para trabalhar (1,2 mil; 3,7%) e inactivos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego (3,0 mil) – e à diminuição do número de outros inactivos, os que não procuram nem estão disponíveis para trabalhar (3,4 mil).
Ainda em Julho de 2024, a subutilização do trabalho abrangeu 609,0 mil pessoas, valor superior ao do mês anterior (2,5 mil, praticamente igual ao de três meses antes e inferior ao de um ano antes), com a taxa de subutilização do trabalho estimada em 11,0%, correspondendo ao mesmo valor do mês anterior e ao de três meses antes, mas inferior em 0,5 pontos percentuais relativamente à de um ano antes.