Imbatíveis a nível interno, PSV e Sporting lutam por estatuto europeu

Os “leões” jogam em Eindhoven na segunda jornada da Liga dos Campeões e Peter Bosz, treinador neerlandês, diz esperar “um encontro entusiasmante”

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Sem derrotas na I Liga, o Sporting terá um teste difícil nos Paises Baixos RODRIGO ANTUNES / LUSA
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As ligas estão em patamares semelhantes na hierarquia do futebol europeu e os dois países têm lutado nos últimos anos, ponto a ponto, pelo sexto lugar no ranking da UEFA, o último que garante a possibilidade de ter três equipas na Liga dos Campeões. Por esse motivo, o duelo desta noite (20h00, SPTV5) no Philips Stadium, em Eindhoven, na segunda jornada da Liga dos Campeões entre os líderes invictos dos campeonatos dos Países Baixos e de Portugal promete ser “entusiasmante”. A palavra é de Peter Bosz, treinador do PSV, que garantiu antes de receber o Sporting que não pensa “apenas em Gyökeres”: “É preciso parar a equipa, não só um jogador.”

As semelhanças são muitas entre PSV e Sporting. As equipas de Eindhoven e de Lisboa conquistaram na última época o título nos seus países, conseguindo uma vantagem confortável sobre a concorrência: os neerlandeses concluíram a Eredivisie com 91 pontos, mais sete do que o Feyenoord; os portugueses com 90, uma dezena de pontos à frente do Benfica. E, esta época, nada parece ter mudado.

Tal como o Sporting, o PSV leva cumpridas sete jornadas no campeonato neerlandês e, tal como o Sporting, o PSV soma por vitórias os jogos disputados, com 25 golos marcados. Sempre, com elogios ao futebol apresentado por uma equipa moldada à imagem, tal como o Sporting, do seu treinador.

De uma geração diferente de Ruben Amorim - é 21 anos mais velho -, Peter Bosz é mais um técnico da escola neerlandesa influenciada por Johan Cruijff e, tal como vários outros conterrâneos seus, teve a sua carreira marcada pela dificuldade em impor fora do seu país a cultura de futebol ofensivo dos Países Baixos.

Considerado o melhor treinador da Eredivisie em 2016/17, ano em que liderou o Ajax, Bosz teve passagens sem grande sucesso pela Bundesliga (Borussia Dortmund e Bayer Leverkusen) e pela Ligue 1 (Lyon), mas, no regresso ao campeonato do seu país, transformou o PSV.

Após cinco temporadas sem ser campeã, a equipa de Eindhoven apostou em Bosz para suceder a Ruud van Nistelrooy e o impacto no novo técnico foi imediato: o PSV terminou a primeira volta com 17 vitórias em 17 jornadas. E esta época, a supremacia do PSV mantém-se.

Com cinco pontos de vantagem sobre o concorrente mais próximo à 7.ª jornada da Eredivisie, o treinador do PSV continua a privilegiar um plano de jogo assente num 4x2x3x1 onde a posse de bola e a pressão alta são condimentos essenciais e, perante um rival que elogia pelo “futebol ofensivo”, Bosz diz esperar “um encontro entusiasmante”: “Sempre apreciei futebol ofensivo. Gosto do estilo deste adversário. Acima de tudo, penso que são dois conjuntos únicos, que ganharam todos os jogos nos respetivos campeonatos.”

Assegurando que não terá qualquer plano de jogo especial para travar Gyökeres - “Já jogámos contra bons avançados antes, por isso não vamos fazer nada diferente do normal” -, o treinador do PSV preferiu apontar para o técnico do Sporting, como o principal responsável pela robustez dos sportinguistas: “Está lá há quatro ou cinco anos e, quando eu ainda estava no Lyon, ficámos impressionados num jogo particular. Agora só tem jogadores melhores.”

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