Estudantes do ensino superior já podem pedir consultas de psicologia e nutrição

Os alunos vão poder escolher o profissional com o qual querem marcar consulta, havendo uma lista de 297 psicólogos e 208 nutricionistas, de todo o país, que aderiram à iniciativa

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Cheques-psicólogo e nutricionista podem ser pedidos a partir desta segunda-feira Nuno Ferreira Santos
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Os estudantes do ensino superior podem pedir, a partir desta segunda-feira, consultas de psicologia e nutrição, ao abrigo de um programa que abrange instituições públicas e privadas. Os pedidos podem ser feitos através da nova página oficial do Governo (gov.pt), lançada esta segunda-feira.

O programa resulta de dois protocolos assinados com as ordens dos Nutricionistas e dos Psicólogos que permitirão a disponibilização, no presente ano lectivo (2024-2025), de 100.000 consultas de psicologia e 50.000 de nutrição.

De acordo com a ministra da Juventude e Modernização, todas as instituições de ensino superior aderiram à iniciativa e serão atribuídos cheques para o efeito em função do número de alunos. Os alunos vão poder escolher o profissional com o qual querem marcar consulta, havendo uma lista de 297 psicólogos e 208 nutricionistas, de todo o país, que aderiram à iniciativa. O programa, com um custo de 2.250.000 euros em 2024 e de cerca de 5,6 milhões de euros em 2025, é gerido através de uma plataforma à qual as instituições de ensino têm acesso.

Em declarações à agência Lusa no início do mês de Setembro, a ministra Margarida Balseiro Lopes sublinhou que, após a pandemia de covid-19, se verificou um aumento de 50% na procura de consultas de psicologia, sendo a ansiedade o problema de saúde mental mais comum entre os jovens. Ao nível da nutrição, a ministra citou um levantamento que revelou a existência de apenas cinco nutricionistas, actualmente, no conjunto das instituições de ensino superior portuguesas.

Na quarta-feira, o bastonário dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, defendeu que os cheques-psicólogo agora lançados para os estudantes do ensino superior devem ser um ensaio para alargar a medida a outras populações com problemas de saúde mental.

Para o dirigente dos psicólogos, o actual Governo tem mostrado abertura ao tema da saúde mental e manteve as promessas de contratação de profissionais feitas no passado. Contudo, existem dificuldades no acesso às consultas de psicologia, devido à falta de comparticipações, e o bastonário admitiu que esse trabalho exige "um acompanhamento periódico regular com intervalos curtos de tempo e com um tempo de atendimento que não é comparável aos tempos das consultas médicas" nos centros de saúde.