“Imigrantes, bem-vindos”: no palco da habitação, a luta fez-se contra a xenofobia

A plataforma Casa Para Viver organizou a quarta manifestação pelo cumprimento do direito à habitação no espaço de um ano e meio. Protestos aconteceram em 22 cidades por todo o país.

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Desfile de Lisboa saiu da Alameda rumo à Rua Augusta Nuno Ferreira Santos
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Manifestação é organizada pela plataforma Casa para Viver Nuno Ferreira Santos
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Recolha de assinaturas para referendo durante a manifestação Nuno Ferreira Santos
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Os jovens são a geração mais representada no desfile... Nuno Ferreira Santos
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... mas não a única Nuno Ferreira Santos
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Uma mãe preocupada com o facto de os jovens não conseguirem sair de casa dos pais Nuno Ferreira Santos
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"Habitação não é um capricho, é um direito", lê-se neste cartaz Nuno Ferreira Santos
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Na manifestação convergem vários colectivos e movimentos Nuno Ferreira Santos
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Os jovens são a geração mais representada no desfile Nuno Ferreira Santos
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Movimentos da periferia integram o protesto Nuno Ferreira Santos
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Centenas de pessoas participam no desfile Nuno Ferreira Santos
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Em Lisboa, protesto ocupa a Av. Almirante Reis Nuno Ferreira Santos
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À quarta vez, a cidade está cansada. De escolher entre pagar a renda ou comer, de viver com os pais, de procurar uma casa e encontrar uma despensa, de chamar um vizinho e ouvir um turista, de fazer as camas e limpar as mesas onde só se deita e come quem cá não vive. À quarta vez, a língua e as canetas estavam mais destravadas. Os palavrões e os trocadilhos com Carlos "Moerdas" encheram os cartazes e os insultos a governantes ocuparam os megafones. E, à quarta vez, a mensagem política já é clara e os alvos também. Na véspera da manifestação anti-imigração do partido de direita radical populista Chega, e numa altura em que o Governo planeia apertar o controlo de imigração, quem saiu à rua pelo direito à habitação gritou que ele "é de todos" e abriu os braços contra o fecho de fronteiras: "imigrantes, bem-vindos".

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