Início da vacinação contra vírus sincicial respiratório adiado para 15 de Outubro

O início da vacinação contra o vírus sincicial respiratório foi adiado para 15 de Outubro devido a razões logísticas. A campanha prevê a protecção de 62 mil crianças.

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Início da vacinação contra vírus sincicial respiratório adiado para 15 de Outubro Manuel Roberto
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O início da vacinação gratuita de crianças contra o vírus sincicial respiratório (VSR) foi adiado para 15 de Outubro devido a razões logísticas relacionadas com a entrega das doses, anunciou esta sexta-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

"Inicialmente previsto para 1 de Outubro de 2024, o arranque da campanha foi reagendado por razões de logística relacionadas com a disponibilidade e entrega das doses do anticorpo", adiantou a DGS em comunicado.

Anunciada pelo Ministério da Saúde a 12 de Agosto, esta campanha prevê a protecção de 62 mil crianças contra a infecção pelo VSR e estará disponível em maternidades dos sectores público, privado e social para as crianças nascidas entre 1 de Outubro de 2024 e 31 de Março de 2025.

Será também disponibilizada nas instituições do Serviço Nacional de Saúde para as crianças nascidas entre 1 de Agosto de 2024 e 30 de Setembro de 2024, assim como para crianças com factores de risco definidos.

Com um investimento estimado de 13,6 milhões de euros, a introdução da imunização contra a infecção pelo VSR acontece sob proposta da Direcção-Geral da Saúde.

De acordo com a DGS, a epidemiologia da infecção em Portugal, o risco acrescido de desenvolvimento de doença grave e hospitalização, assim como a segurança do medicamento, estiveram na base desta decisão.

A autoridade da saúde adiantou que o VSR é uma causa muito comum de infecção em idade pediátrica, responsável por epidemias anuais sazonais que, nos climas temperados, ocorrem geralmente entre Outubro e Março, coincidindo com outros vírus respiratórios e gastrointestinais, representando uma sobrecarga importante para os serviços de saúde.

Em 2022, a Agência Europeia do Medicamento autorizou a utilização de um anticorpo monoclonal de acção longa (nirsevimab) para a prevenção da doença das vias aéreas inferiores causada por este vírus em recém-nascidos e lactentes, durante a sua primeira época de VSR.