António Salvador, presidente do Sp. Braga, condenado a pena suspensa de prisão

A condenação surge na sequência da decisão do tribunal no âmbito da designada Operação Éter.

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António Salvador, presidente do Sp. Braga HUGO DELGADO / LUSA
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António Salvador, presidente do Sporting de Braga, foi esta quinta-feira condenado a 15 meses de prisão, pena suspensa por igual período. Isto no âmbito da Operação Éter, processo que tinha 29 arguidos (21 singulares e oito entidades colectivas) e envolve cerca de centena e meia de crimes económicos, nomeadamente corrupção, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder, falsificação de documento e recebimento indevido de vantagem.

De acordo com a decisão proferida nesta sexta-feira em sede de julgamento, que teve lugar no Tribunal de São João Novo, no Porto, o Sp. Braga foi também condenado ao pagamento de uma multa de 18 mil euros.

O clube bracarense, entretanto, já reagiu à decisão judicial, mostrando-se totalmente inconformado e garantindo que vai recorrer da mesma.

No caso de António Salvador, a pena tem a ver com o facto de ter ficado provado que houve crime de falsificação de documentos. Pelo mesmo crime foi também condenado a prisão com pena suspensa Júlio Mendes, antigo presidente do V. Guimarães, clube que terá igualmente de pagar uma multa de 18 mil euros.

O Ministério Público tinha defendido nas alegações finais a condenação do presidente do Sp. Braga e do ex-líder do Vitória, ambos por falsificação de documento, crime cometido nos contratos de publicidade nas camisolas dos clubes, celebrados com a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), mas defendeu a absolvição de Júlio Mendes de corrupção, uma vez que não houve “um toma lá, dá cá”, entre o então presidente do Vitória e Melchior Moreira.

O principal arguido da Operação Éter é Melchior Moreira, antigo presidente do TPNP, que foi condenado a sete anos de prisão por 29 crimes relacionados com contratos ilícitos celebrados por aquela entidade: 20 crimes de participação económica em negócio, seis de falsificação de documentos, dois de peculato e um por recebimento indevido de vantagem.

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