É a Noite Europeia dos Investigadores. Há actividades gratuitas para todos os gostos

Vídeo do PÚBLICO Adeus, meu estômago é exibido às 21h desta noite, no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde no Porto, seguido de conversa sobre cancro. Pelo país, faz-se uma festa de ciência.

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Observações de astronomia encontram-se entre as ofertas de actividades para a Noite Europeia dos Investigadores de 2024 em Portugal IAN WALDIE/Reuters
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Esta sexta-feira à noite, a ciência está em festa – é a Noite Europeia dos Investigadores, uma iniciativa promovida e financiada pela Comissão Europeia desde 2005, por toda a União Europeia, para estreitar os laços entre os cientistas e a sociedade. Por cá, os cientistas também vão sair à rua ou abrir as portas dos seus institutos de investigação: haverá actividades de divulgação científica – todas gratuitas e para todos os públicos; nalguns casos a inscrição prévia é necessária – em mais de 15 cidades de Portugal continental, de Bragança até Lagos e Tavira.

Vejamos algumas dessas actividades da Noite Europeia dos Investigadores (NEI) de 2024, entre as centenas que estarão disponíveis envolvendo inúmeras entidades, não dispensando, no entanto, a consulta dos programas para cada cidade. Espectáculos de música e dança não faltarão.

Em Bragança fala-se de cancro

Começando pelo Norte do país, o Centro Ciência Viva de Bragança acolhe uma iniciativa dedicada ao tema “Cancro a descoberto, para além do diagnóstico”. As portas desta instituição integrada numa rede de promoção da cultura científica abrem às 17h desta sexta-feira (dia 27 de Setembro) e o cancro estará aqui em foco até às 22h30. Haverá música, por alunas do Conservatório de Música e Dança de Bragança e pelos Gaiteiros D’ Onor; e cientistas do Instituto Politécnico de Bragança falam do seu trabalho, como a identificação de linhas celulares de cancro, hábitos de vida envolvidos na prevenção do cancro ou jogos para crianças resultantes de projectos de investigação.

Braga terá noite de astronomia, e não só

O Planetário – Casa da Ciência de Braga convida-nos a ir ao Mosteiro de Tibães a partir das 15h e a ficar até depois da meia-noite. As actividades no programa começam com uma oficina sobre a importância para os ecossistemas das zonas húmidas, seguindo-se a identificação rápida da vida presente na cerca do Mosteiro de Tibães. O fim da tarde e a noite serão dedicados à astronomia.

A partir das 19h é altura de começar a montar os telescópios para a observação nocturna. O divulgador de astronomia José Augusto Matos, coordenador científico do Geoscope – Observatório Astronómico de Fajão (aldeia do concelho da Pampilhosa da Serra) e membro da Associação de Física da Universidade de Aveiro (Fisua), é o anfitrião de uma viagem pelo Universo durante uma hora, a partir das 21h, se a meteorologia deixar. Depois disso, até à meia-noite e meia, continuará aquilo que se pretende que seja um grande encontro de telescópios tendo como cenário o Mosteiro de Tibães.

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Mosteiro de Tibães, em Braga Paulo Pimenta

Já no centro da cidade de Braga, a Escola de Ciências da Universidade do Minho e o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia convidam todos a ir até ao Forum Braga, onde das 16h até à meia-noite não faltarão actividades experimentais, demonstrações e exposições sobre ciência.

No extenso programa para o Forum Braga, que se pode consultar aqui, inclui-se uma sessão sobre “Albinismo e a cor da pele: genética e condicionantes sociais”, que se centrará na pigmentação da pele e em verificar a diversidade dos participantes num gradiente pré-estabelecido de cor da pele: “Numa componente mais informativa, vai demonstrar os desafios do albinismo a nível evolutivo e as dificuldades sociais utilizando como exemplo o caso de Angola.”

Outra das iniciativas é sobre a propagação da desinformação na era digital: “Com esta actividade pretende-se criar uma interacção com ferramentas computacionais capazes de prever a propagação das fake news”, avança o programa.

Ou, ainda, uma actividade que parte desta pergunta: será que reconhecemos melhor as pessoas que se parecem mais connosco? O viés-da-mesma-etnia, explica-se, consiste em alguém de uma determinada etnia reconhecer melhor pessoas da sua mesma etnia. “Este viés, presente em todas as culturas e etnias, pode ter consequências desastrosas em situações em que uma testemunha tem de reconhecer um suspeito de ter cometido um crime, mas o suspeito é de uma etnia diferente da testemunha”, acrescenta-se. “Nesta demonstração, procuraremos mostrar a presença do viés através de um procedimento de reconhecimento de caras de duas etnias e esclareceremos algumas instruções que podem ajudar a minimizar a presença do viés.”

Haverá também jogos de tabuleiro repletos de “factos científicos fascinantes”. Ou um “Nano Quiz” (às 16h30 e às 22h15), que desafia a explorar “as minúsculas maravilhas que moldam o nosso dia-a-dia” e a “abraçar a paixão pelo mundo da nanotecnologia”. Às 17h sobe ao palco a “Banda de investigadores”, composta por nove cientistas que se conheceram no Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos Funcionais e Inteligentes (CeNTI), em Vila Nova de Famalicão. Tocam covers e reinterpretações de temas de variados géneros musicais.

No Porto exibe-se um vídeo do PÚBLICO (e muito mais)

Descendo geograficamente, o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto abre as portas a partir das 18h, oferecendo uma multiplicidade de actividades e acolhendo diversas instituições de investigação científica localizadas no Porto. “Mais de 20 bancas, dinamizadas por várias instituições científicas, darão a conhecer o que de melhor a ciência do Porto tem para oferecer. Conhece cientistas, esclarece curiosidades e participa em experiências de diferentes áreas científicas num só local”, convida-se no programa relativamente às demonstrações e actividades experimentais.

Pelas 18h45, Alexandre Quintanilha dará a palestra “Alterações climáticas e demográficas – Conhecimento, dúvidas e políticas públicas”. As alterações do clima tanto afectam como são afectadas pelas alterações na demografia, que por sua vez terão um impacto ainda maior sobre o cancro, através do envelhecimento e da alimentação, por exemplo, contextualiza o programa. Alexandre Quintanilha (do i3S) aborda estas e outras questões nesta palestra, “que ajudará a demonstrar a importância das políticas públicas e do envolvimento dos cidadãos nas causas que são de todos nós”, lê-se.

O cancro continuará a ser o tema central de uma sessão às 21h. Dedicada ao “Cancro hereditário: nascer com a espada sobre a cabeça – Histórias da vida real”, começará com a exibição da reportagem em vídeo do jornal PÚBLICO Adeus, meu estômago, publicada em Junho, e que nesta Noite Europeia dos Investigadores será possível ver em ecrã grande, no auditório do i3S. Seguir-se-á uma conversa, para tirar dúvidas sobre o cancro hereditário e como lidar com essa herança, com um painel de especialistas que inclui a investigadora Carla Oliveira, do i3S.

Entre a panóplia de demonstrações e actividades experimentais de várias instituições científicas do Porto, que se congregam nesta noite no I3S, destacamos aqui somente algumas: “O teu cérebro em cores e formas”, “Rochas e pedrinhas… Rochas que são minhas!”, “Mais perto das estrelas”, “Papel dos açúcares nas doenças inflamatórias”, “O que se vê no sangue: glóbulos brancos e vermelhos” ou “Reborn: a vida depois do enfarte”.

Em Vila Nova de Foz Côa a noite começa de manhã

No Museu do Côa – Centro Ciência Viva, a Noite Europeia dos Investigadores começa logo de manhã. Às 11h, a Liga Portuguesa Contra o Cancro organiza um debate sobre a doença, factores de risco, tratamentos e experiências na primeira pessoa.

Ao longo do dia, o programa oferece, por exemplo, vários encontros com um cientista – seja para observar o comportamento de minhocas em diferentes solos, seja para espreitar num microscópio óptico as defesas das plantas face às alterações climáticas, ou ainda para divulgar investigações em animais de laboratório com cancro que demonstram o poder do exercício físico em reduzir a malignidade dos tumores. O dia termina com uma visita nocturna ao Museu do Côa.

Em Aveiro vai-se para a Fábrica

A Fábrica – Centro Ciência Viva de Aveiro começa por propor, a partir das 19h, um workshop de digitalização de objectos em 3D com recurso a telemóveis. Isto permite criar modelos 3D a partir de fotos tiradas pelo telemóvel. “Já te imaginaste a construir réplicas exactas do teu objecto favorito? Traz o telemóvel e vem experimentar”, desafia o centro no seu programa.

Transformar dados agrícolas em música é outras das propostas, convertendo informações de sensores em som. Os visitantes podem criar paisagens sonoras personalizadas. O que investigam os cientistas da Universidade de Aveiro ou um espectáculo sobre células estaminais (das 22h às 23h), que junta música e humor, são mais propostas.

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Impressão de objectos 3D a partir de fotos de objectos tiradas no telemóvel DR

A Baixa de Coimbra em festa pela ciência

Espalhadas pela Baixa de Coimbra, encontrar-se-ão actividades de divulgação científica para todos os gostos em livrarias, pastelarias, cafés, restaurantes, farmácias e até lojas ou igrejas. É a Rota de Ciência, com investigadores distribuídos por diversos pontos da Baixa de Coimbra, das 17h até à meia-noite.

Também aqui se destacam apenas algumas das muitas iniciativas em Coimbra: “Perfis de ADN para identificação civil” (entre a Pastelaria Briosa e a loja Malabar); “Células CAR-T para combater o cancro” (loja Lory Kids); “Mitocôndrias irrequietas” (Edifício Chiado); “Uma aventura cronometradas… e os segredos da longevidade no laboratório” (loja Street Line); “O campo magnético terrestre e a sua variação à escala global” (Coimbra City Lab); “Fungilândia” e “O que comemos e a gordura que temos” (ambas na Igreja de São Tiago); “Balas mágicas para combater o cancro” (café Santa Cruz); ou “Encontra a carraça antes que ela te encontre a ti!” e “Gene T: Desvendar o poder da terapia génica” (ambas na Câmara Municipal de Coimbra).

Além da ciência em festa, há lugar para a ciência em protesto. Haverá assim uma concentração de cientistas indignados com as condições de trabalho precárias, que atingem grande parte da comunidade científica portuguesa. Para alertar para tal, o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) organizam uma concentração em Coimbra e Aveiro. Em Coimbra será no Largo da Portagem às 18h, com desfile até à câmara municipal. Em Aveiro será junto à Fábrica Centro Ciência Viva, pelas 19h30.

Alcanena entre solos, água e morcegos

No Centro Ciência Viva do Alviela – Carsoscópio, no concelho de Alcanena, a festa arranca pelas 19h30, com uma conversa sobre solos saudáveis até 2030. No exterior, um mercado de bancas científicas da Escola Superior de Agronomia e do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária torna possível a conversa com investigadores sobre a ciência que ali se faz. A entrada nas exposições do Centro Ciência Viva do Alviela – dedicado aos morcegos, à água e aos sistemas cársicos – será gratuita. Haverá ainda música ao vivo (Rui Silva & Os Procurados) e uma refeição ligeira com produtos regionais.

Em Lisboa, é no Pavilhão do Conhecimento e no Museu de História Natural

Na capital, o Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva inicia a festa pelas 18h, prolongando-se até para lá da meia-noite. Também aqui haverá muito para explorar, incluindo a junção de ciência e arte. “Para conhecerem o futuro da investigação científica da Europa é preciso atravessar o ‘Caminho da Luz’, uma instalação artística de arte e ciência”, propõe o Pavilhão do Conhecimento no seu programa.

Numa iniciativa que junta ciência e música, haverá um espectáculo do Grupo de Câmara da Orquestra da Universidade de Lisboa, entre as 23h45 e as 0h15: “O século das luzes foi marcado tanto por descobertas científicas como por melodias clássicas. Neste espectáculo do Grupo de Câmara da Orquestra da Universidade de Lisboa viajaremos pelo século XVII, desde a nomeação do oxigénio por Lavoisier até às Quatro Estações de Vivaldi, unindo a ciência à música.”

Na iniciativa “O que é isto?”, por exemplo, propõe-se aos visitantes que espreitem imagens microscópicas e desvendem os mistérios científicos que lhes deram origem. Ou que formem a sua equipa para participar num quiz que desafia os seus conhecimentos científicos e cultura geral, escolhendo um cientista para o levar à vitória. Oiça ainda investigadores a falar durante três minutos da sua ciência. Ou teste as suas capacidades de condução em simuladores. Entre muito mais, haverá visitas guiadas com intérpretes de língua gestual portuguesa.

Noutra zona da cidade de Lisboa, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência convida as famílias para mais de 170 actividades, que decorrerão entre o museu, o Jardim Botânico de Lisboa e o Jardim do Príncipe Real, das 17h à meia-noite. Uma dessas mais actividades chama-se “Medieval – o despertar para história!” e destina-se ao público infantil para descobrir as origens das torres medievais na Idade Média: “Através da dobra de papel, as crianças vão ter a oportunidade de construir uma torre e conhecer algumas das suas principais características arquitectónicas, bem como o armamento associado ao ataque e defesa.”

Outra actividade é “Lisboa 1524”, para jovens e adultos e que comemora tanto os 500 anos do nascimento de Luís de Camões como os 500 anos da morte de Vasco da Gama, naquele ano. Para tal, o Gabinete de Estudos Olisiponenses irá desenvolver actividades para divulgar o estudo da cidade de Lisboa no ano de 1524 do ponto de vista arquitectónico e do seu quotidiano em termos de urbanismo, população, práticas de saúde ou legislação.

Para dar outros apontamentos do que se passará no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, os participantes podem observar pelo telescópio alguns dos objectos celestes visíveis nesta noite. E em “Dinossáurios no quintal: decifrando ecossistemas do Jurássico” falar-se-á do estudo de pegadas destes animais em Portugal e de jazidas com os seus ossos fossilizados. Os participantes serão desafiados não só a perceber a morfologia do pé de um dinossauro carnívoro e a estimar a sua altura até à anca e velocidade de deslocação, como a criar as suas próprias pegadas em diferentes solos para perceber como podem ficar preservadas.

E se quiser saber mais sobre o caldo verde, ou melhor sobre a couve-galega que está na base desta sopa, pode ir descobrir onde e como é produzida, como se comporta em solos diferentes e tudo o que podemos fazer com ela. Tudo isto enquanto saboreia um caldo verde.

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Um caldo verde com a sua famosa couve-galega Lara Jacinto/PÚBLICO

Oeiras faz a festa na marina

É na marina de Oeiras que a acção da Noite Europeia dos Investigadores se irá concentrar, a partir das 16h. Não faltará música, desde logo pelo Grupo de Batucadeiras do Bairro dos Navegadores – Voz di Cultura (às 19h) ou pelo grupo de dança African Gold (às 20h), também do Bairro dos Navegadores, em Oeiras.

A música e dança continuarão com um espectáculo do Grupo de Folclore das Terras da Nóbrega, que sobre ao palco pelas 20h30 para mostrar danças tradicionais e dar a conhecer as outras facetas dos cientistas em Oeiras, como José Brito, investigador do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa, que é dançarino e fundou este grupo folclórico. Seguir-se-á a comédia, com cientistas de Oeiras num espectáculo de stand-up (às 21h) a falar dos seus percursos e de ciência.

Além de bancas de ciência com experiências e demonstrações científicas, o programa inclui passeios em embarcações típicas do estuário do Tejo (entre as 17h30 e as 20h), uma conversa sobre ciência com um copo de cerveja na mão (às 19h), em que a cientista Vanda Póvoa falará de avatares de peixes-zebra para uma medicina personalizada, ou um workshop de literacia financeira para crianças e pais. Ou, às 17h, pode aceitar o desafio de pensar como um cientista, “enfrentando três tarefas intrigantes”: “O tempo é limitado, prepare-se para agir rapidamente e com precisão!”

Setúbal, Portalegre e Beja juntam-se

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) participa nesta noite pela terceira vez. Mas agora juntou-se aos institutos politécnicos de Beja e Portalegre, cidades onde decorrem igualmente várias iniciativas nesta noite, dando ao evento uma maior dimensão territorial.

Em Setúbal, as actividades concentram-se na Casa da Baía a partir das 17h30, entre workshops, conversas ou momentos de animação. Pode visitar-se o Centro Interpretativo do Roaz do Estuário do Sado, por exemplo, ou participar numa conversa sobre as mulheres na ciência ao fim de 50 anos de liberdade. No espaço “Ciência sai à rua”, é possível conhecer projectos científicos do IPS e participar em actividades práticas, como identificar fósseis no pavimento da Escola Superior de Educação do IPS.

em Portalegre, o encontro é no Jardim do Tarro a partir das 17h30, convidando a descobrir instrumentos digitais utilizados em agro-pecuária, a saber como as marcas estudam os consumidores para tomarem decisões estratégicas ou a participar na preparação de uma sopa enquanto descobre como os ingredientes locais podem melhorar a saúde.

Por fim, em Beja há desde um jogo que explora o tema da alimentação saudável até uma actividade de gastronomia molecular em que se fazem esferas de sumo de fruta e, no final, há uma prova sensorial. Pode ainda participar num quiz sobre primeiros socorros ou ficar a conhecer a investigação que se faz no Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (Cebal).

Em Évora olha-se muito para o património

Em Évora, é na Praça 1.º de Maio que vai decorrer grande parte (mas não todas) das actividades da Noite Europeia dos Investigadores, entre as 17h e 22h30, em parceria com a Universidade de Évora.

Ficaremos a saber como era a vida quotidiana numa villa romana do Sul da Lusitânia, o que nos ensinam os esqueletos humanos do passado sobre doenças infecciosas através da bioarqueologia, o 25 de Abril no Alentejo rural, ou como o Laboratório Hercules da Universidade de Évora aplica a ciência na protecção do património histórico, cultural, arqueológico. Pelas ruas de Évora, andar-se-á à procura dos esgrafitos (técnica decorativa mural que se encontra pelos edifícios da cidade) ou das árvores e arbustos espalhados pela cidade. A noite também terminará com um concerto do Focus Sax Quartet.

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Pormenor de um esgrafito num edifício em Évora DR

Em Estremoz evidencia-se o Antropocénico

O Centro Ciência Viva de Estremoz divulgará o Antropocénico, conceito que procura expor as transformações profundas que os humanos estão a fazer no planeta. No centro, além de um modelo interactivo de um vulcão, rochas ou a réplica de um T-rex em tamanho real expostos em permanência, a exposição Homo, um fazedor de objectos vai mostrar o que nos trouxe até ao Antropocénico. Já no Teatro Bernardim Ribeiro, académicos e investigadores esperam os participantes para conversar sobre o Antropocénico.

Em Tavira, o mote é ambiente

No centro comercial Tavira Plaza, o Centro Ciência Viva de Tavira convidou especialistas para falar, entre as 20h e 22h, de um conjunto de projectos e temas em torno da gestão da água e recursos naturais, do impacto das mudanças climáticas no Algarve, da poluição ou da energia renovável e eficiência energética.

Em Lagos fala-se de clima

No Algarve, o Centro Ciência Viva de Lagos acolhe palestras de três investigadores sobre alterações climáticas, pelas 19h: “Os minerais revelam o clima do passado”, por Fernando Rocha (Universidade de Aveiro); “Alterações climáticas na Europa Medieval”, por Maria Rosário Bastos (Universidade Aberta); e “A Pequena Idade do Gelo – Uma Europa alagada e a tremer”, por Olegário Pereira (Universidade Nova de Lisboa). Antes das palestras há um momento musical da banda Blackbird Duo, e depois far-se-á a degustação de um menu com pegada ambiental reduzida.

Em suma, pelo país inteiro não faltarão opções para celebrar a ciência esta noite. É só escolher onde vai querer estar e aquilo que quer descobrir, com uma dose de divertimento.

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