Sp. Braga vence Maccabi com reviravolta ao cair do pano

Entrada desconcentrada dos minhotos ameaçou comprometer a estreia na Liga Europa e ensombrar o 800.º jogo de Carlos Carvalhal, salvo pelo bis de Bruma.

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Vítor Carvalho e Stojic em duelo na Pedreira Miguel Vidal / REUTERS
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Depois do despiste do FC Porto na Noruega, o Sp. Braga esteve na iminência de entrar em pião no jogo de estreia da Liga Europa, mas acabou por salvar a face e vencer por 2-1, em casa, mesmo ao cair do pano, frente ao Maccabi Tel Aviv, com Bruma a bisar (88 e 90+5', de penálti).

O Sp. Braga rectificou na segunda parte a entrada menos conseguida neste encontro em que rematou mais, teve mais tempo a bola, mas não foi capaz de evitar que o Maccabi Tel Aviv, depois de marcar de penálti, estivesse muito perto de ser feliz em Braga.

As quatro alterações pensadas por Carlos Carvalhal para o 800.º jogo da carreira de treinador, feitas à medida do perfil de equipa dominadora na Liga israelita — mas também por força de lesões como as de Paulo Oliveira, Robson Bambu, Zalazar e Moutinho —, não tiveram o impacto desejado.

O Maccabi ocupou o meio-campo com cinco unidades e, sem dificuldade, apoderou-se do jogo, lançando repetidos avisos até ao penálti que ao intervalo dava vantagem aos visitantes.

Nesses primeiros 30 minutos, o Sp. Braga pode lamentar um remate de El Ouazzani à barra da baliza de Mishpati, num lance antecedido de mão na área de rigor que nem o árbitro nem o VAR valorizaram.

Um penálti que poderia ter validado a tentativa de assumir o comando após algumas iniciativas dos irmãos Horta, Bruma, Guitane, Vítor Carvalho e Víctor Gómez.

Mas o esforço dos minhotos perdia-se invariavelmente em mais um passe ou na procura do melhor ângulo de remate.

De processos bem mais simples, o Maccabi fez questão de lembrar a Matheus que a noite seria de constantes sobressalto. E, em mais uma incursão israelita, o guarda-redes luso-brasileiro mergulhou aos pés de Peretz, cometendo falta para castigo máximo.

Osher Davida cumpriu e levou o Maccabi em vantagem para os balneários, apesar de mais algumas tentativas da equipa de Carvalhal.

Inconformado com o rumo dos acontecimentos, Carlos Carvalhal apostou em três alterações para a segunda parte, riscando Guitane, Vítor Carvalho e El Ouazzani do plano de jogo.

As alterações dinamizaram o ataque bracarense e Roberto Fernández ficou a centímetros do empate, com Mishpati a defender para o poste e Bruma a falhar de forma incrível a recarga. O Sp. Braga voltou a pedir penálti, mas o contacto do defesa com Bruma foi natural e já depois do remate.

Nessa fase, o Maccabi Tel Aviv arriscava cada vez menos, recuando, dando a iniciativa ao Sp. Braga, aproveitando um ou outro lançamento longo na procura de um eventual golo. O que até nem esteve muito longe de acontecer já dentro dos últimos dez minutos, num remate de Peretz à barra da baliza de Matheus.

Um lembrete importante para os minhotos, que continuavam a carregar e a revelar problemas de finalização, com Gharbi e Ricardo Horta a submeterem Mishpati a trabalho extra.

Já a entrar no período de desespero, Bruma igualou (88') e Roberto Fernández ganhou um penálti que Bruma converteu em período de descontos, depois de mais um remate israelita à barra de Matheus. Um final electrizante e três pontos muito sofridos e importantes na reviravolta bracarense.

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