Portugal vai preparar profissionais de microeletrônica para 100 postos de trabalho

Aveiro promove evento de tecnologia para debater gargalos no setor. Em paralelo, especialistas discutem como Portugal pode qualificar e preencher 100 postos de trabalho na área de microeletrônica.

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Feira de tecnologia em Aveiro vai oferecer 100 vagas para o setor de microeletrônica. Há falta de mão de obra para a indústria Carlos Lopes
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Os brasileiros que querem aproveitar o boom do setor de tecnologia devem se programar. A prefeitura de Aveiro, no Norte de Portugal, vai promover, entre 1º e 6 de outubro, a Aveiro Tech Week, com ampla programação que busca, sobretudo, debater os gargalos enfrentados pelas empresas. Em paralelo, em outro evento, especialistas e integrantes do Governo discutirão como qualificar mão de obra. A Agenda da Microeletrônica prevê o preenchimento de 100 postos de trabalho na área de microeletrônica até 2025. Tudo financiado pela União Europeia.

A Agenda da Microeletrônica foi encampada pelo PCI — Creative Science Park (Parque de Ciência e Inovação). O objetivo é que Portugal e toda a Europa entrem de vez no mundo novo da tecnologia e reduzam a dependência da China, hoje o grande centro de produção de chips e microprocessadores.

O tema estará na conferência Promoção da Eletrotecnia no Ensino — O Futuro Começa Hoje, que deve contar com a presença do ministro da Educação, Ciência e Inovação de Portugal, Fernando Alexandre. Trata-se de um diálogo entre instituições de ensino superior, empresas e Governo para definir estratégias que atraiam e formam jovens talentos para as áreas da eletrônica e eletrotecnia.

Segundo Daniel Amorim, gestor de Ciência e Tecnologia do Parque de Ciência e Inovação, a conferência, marcada para 4 de outubro, será “fundamental para sensibilizar o Governo a continuar o investimento na formação de profissionais para o setor de eletrotécnica no país”. Há, no entender dele, necessidades de capital humano, em falta em Portugal e na Europa.

Escassez de mão de obra

A revolução tecnológica em curso no mundo representa um desafio para todos os países e surge num contexto de crescente escassez de profissionais especializados na área da microeletrônica e, especificamente, de semicondutores nas indústrias portuguesa e europeia.

A demanda é tamanha, que 17 entidades se envolveram no debate. A meta é contribuir para a capacitação e requalificação de profissionais nessas áreas. As instituições dizem que essa agenda está em sintonia com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com financiamento europeu que visa, entre outros aspectos, reforçar a capacidade produtiva e de inovação da indústria portuguesa.

Para especialistas, é importante o posicionamento de Portugal na linha da frente no mercado da gestão, produção, distribuição e reciclagem de semicondutores. Isso passa pela criação de condições para a capacitação de profissionais para a Europa e outros países em escala mundial. A Agenda da Microeletrônica é co-financiada pelo PRR por meio do NextGenerationEU.

Aqueles que quiserem participar dos debates sobre formação profissional devem se inscrever por meio do endereço eletrônico https://events.micro-eletronics.eu/#incrições.

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