Biden diz que “guerra total” no Médio Oriente é possível, mas não inevitável

Firme aliado de longa data de Israel, Biden tem defendido uma solução de dois Estados e disse que discordou abertamente do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sobre a questão.

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Biden esteve no progama The View no canal ABC Elizabeth Frantz / REUTERS
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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira, 25 de Setembro, que é possível haver uma "guerra total" no Médio Oriente, mas que existe a possibilidade de um acordo nos conflitos de Israel em Gaza e com o Hezbollah, apoiado pelo Irão, no Líbano.

“Uma guerra total é possível, mas penso que também existe a oportunidade — ainda estamos em jogo de chegar a um acordo que pode mudar fundamentalmente toda a região", disse Biden numa aparição no programa The View do canal americano ABC.

Biden, que se encontra em Nova Iorque esta semana para as reuniões da Assembleia Geral da ONU, tem trabalhado para atenuar as tensões, uma vez que a guerra de quase um ano entre Israel e os militantes palestinianos do Hamas na Faixa de Gaza ameaça agora afectar gravemente o Líbano. Israel alargou os seus ataques aéreos no Líbano e abateu um míssil que o Hezbollah disse ter disparado contra a agência de espionagem Mossad, perto de Telavive.

O Presidente dos EUA, firme aliado de longa data de Israel, tem defendido uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e o Hamas e disse que discordou abertamente do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sobre a questão.

“Não concordo com a posição dele. Tem de haver uma solução de dois Estados”, disse Biden. “Tem de acontecer."

Biden disse que, uma vez que o cessar-fogo seja garantido com o Hezbollah e em Gaza, a atenção pode voltar-se para a Cisjordânia. “É possível e estou a usar toda a energia que tenho (...) para que isso aconteça. Há um desejo de mudança.”