Agências antecipam “possível subidas de rating”, acredita governo
As decisões da Fitch e da Scope “demonstram a confiança no desempenho da economia portuguesa e o reconhecimento do trabalho que está a ser feito”, diz Executivo.
As últimas decisões das agências de rating sobre Portugal “antecipam uma possível revisão em alta da notação financeira do país”, refere o Ministério das Finanças em comunicado divulgado este domingo.
"O Governo português destaca as decisões das agências de notação financeira que têm vindo a rever a perspectiva da dívida portuguesa para "positiva". Depois da Scope, agora foi a vez da Fitch melhorar o outlook [perspectiva] da República”, refere o comunicado, acrescentando que “estas decisões antecipam possíveis subidas no rating de Portugal".
Refira-se que a Fitch anunciou na última sexta-feira a manutenção do rating de Portugal em "A-", mas reviu em alta a perspectiva para “positiva". Também a agência europeia Scope manteve o rating de Portugal em A- e reviu, em Julho, o outlook em alta. E a Standard & Poor"s (S&P) manteve em Agosto a classificação em A-, com perspectiva positiva.
Numa altura em que decorrem negociações com o maior partido da oposição para a aprovação do Orçamento do Estado para 2025, o Ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento destaca que as decisões da Fitch e da Scope “demonstram a confiança no desempenho da economia portuguesa e o reconhecimento do trabalho que está a ser feito pelo Executivo no sentido de garantir o equilíbrio das contas públicas e a redução sustentada da dívida pública".
Na perspectiva do Governo, "a Fitch destaca o progresso contínuo na redução da dívida pública, o compromisso com a política orçamental prudente e a continuação do processo de desalavancagem externa”. E ainda "a resiliência do mercado laboral, o aumento do rendimento disponível e o investimento, como factores que contribuirão para o crescimento da economia".
O Executivo diz ainda acreditar que "é possível adoptar medidas do lado da receita e da despesa, mantendo excedentes orçamentais", realçando que "as previsões económicas e orçamentais de várias instituições internacionais estão alinhadas com as do Governo, nomeadamente antecipando excedentes orçamentais para os próximos anos".